James, o policial caçador de vampiros... Crônica número 1.

Eu estava segurando um machado e vestindo uma roupa casual: um casaco de couro, uma camisa branca e uma calça preta, além das roupas de baixo... E usava um chapéu preto. Eram dez horas da manhã e eu via vampiros por todos os lados, abrindo as suas malditas bocas para me ameaçarem com os dentes... Eu manuseei o machado em resposta e, de repente, uma manada de cavalos debandou e eu fugi para o rio que corria logo ali perto, enquanto os vampiros voltaram para as tocas subterrâneas onde habitavam...

Quando a manada passou, eu voltei e encontrei apenas as portas das tocas vampíricas e continuei com o plano que eu tivera antes de estar ali: eu poria foco nas tocas vampíricas e mataria os vampiros que se atrevessem a sair... A luz do Sol não os matava porque, no momento em que saíram das tocas, ocorria o eclipse solar... Eu pus combustível em cada uma das tocas e ateei fogo nelas... Os vampiros saíram gritando, enquanto queimavam e eu os degolava com o meu machado de prata e vi outros queimarem sob a luz do Sol... Foi um extermínio.

Quando terminei, não sobrou nenhum daqueles sanguessugas e eu fui para casa, fazer meu relatório de policial, pois eu era policial. Tinha investigado o caso de uma senhora que perdera o marido num incêndio dentro da casa, que ficava numa fazenda... O marido morreu e ela herdou tudo. Entretanto, o laudo médico indicou que o marido não morrera nem asfixiado nem queimado, mas envenenado e seu cadáver ficara intacto. Investiguei a senhora e descobri que ela tinha um amante... Era um vaqueiro da fazendo: um rapagão de vinte anos de idade - aliás, dez anos mais novo do que a senhora -, que tinha uma mulher e dois filhos... Ele explicou que todas as noites ela saía de casa e ia se encontrar com ele, mas que duvidava que tivesse sido ela que envenenara o marido. A senhora tinha um cunhado muito boêmio que morava na casa dela e ele tivera uma briga muito feia com o irmão antes de sua morte... Eis os suspeitos: três meros seres humanos dos quais eu cuidava profissionalmente e deixava os vampiros para as horas vagas...

Eu segui o irmão da vítima por uma semana e descobri que ela soubera da traição, mas não contara nada para o irmão, porque queria poupá-lo- confessou isso para uma mulher que cortejava há alguns meses. Depois, passei a seguir a senhora e descobri que ela não amava o marido há alguns meses, porque ele dizia que não precisava fazer sexo com ela para dizer que a amava - confessou para o amante -, o que me fez rever o laudo médico... Perguntei ao médico de qual veneno se tratava e ele respondeu que se tratava de um veneno raro, encontrado em vítimas cujos cadáver não entrava em putrefação, mas que o cadáver perdia todas as funções vitais. Eu desconfiei e abri a cova do defunto e encontrei-a vazia. Eu investiguei o médico e, adivinhem!, eu o encontrei com a vítima... Ela estava viva! Eu os segui até um estábulo e lá eu o vi entrar numa das tocas dos vampiros que matei... O médico era um deles! Eu entendi parte do caso e resolvi matá-los e foi o que fiz... Investiguei a senhora por um tempo e percebi que ela era normal e o seu amante também... Até que achei uma pista: a senhora sequestrou uma criança e tirou o seu sangue e eu a peguei em flagrante... Eu a interroguei e ela confessou que trabalhava para o defunto, pois ele a obrigava a fazer isso há um bom tempo e ela pensava em fugir com o amante... Caso encerrado! Eu fiz meu relatório e disse que a mulher envenenara o marido porque era louca e que o médico sumira juntamente com o corpo do defunto para encobrir a pista, mas que a mulher era louca e dei uma prova de que ela era culpada por um segundo crime: assassinara uma criança... Ela deixara pista de assassino serial killer e o caso foi encerrado...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 15/10/2012
Código do texto: T3933162
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