Criar, copiar ou ser copiado...

Preciso misturar todas as letras para tentar escrever algo novo. Tudo que escrevo, tenho a impressão de que alguém já o fez em um momento qualquer da vida.

Eu te amo, por exemplo, já foi dito por Adão no Paraíso e, assim, tudo parece plágio ou um simples clichê.

Tenho observado a filosofia de facebook onde a grande maioria das pessoas não criam nada, apenas postam frases e ou pensamentos já conhecidos de todos nós, embora invariavelmente, com os devidos créditos ao autor.

Há pouco tempo escrevi um texto e, logo depois o encontrei na internet com créditos para Chico Xavier. Fiquei aborrecido e ao mesmo tempo honrado ao notar que meu texto poderia ter sido escrito por ele. Nem pude contestar nada, afinal quem iria acreditar que fosse eu o autor?

Só sei que nada sei, mas escrevendo assim, estou copiando o grande filósofo grego Sócrates. Melhor então mascarar meu plágio dizendo: a única coisa que sei, é que não sei nada... Ta sabendo?

É como aquele aluno, colando numa prova de história Romana, e para não “copiar” mascarou a resposta do colega: ”Até tu Brutos, meu filho” dita pelo Imperador César, e mandou brasa: “Até tu, estúpido, meu filho”... E tirou dez, pela criatividade...

Misturo novamente as letras e tento encontrar algo que ainda não foi dito ou escrito por Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Falcão, Lula, Reginaldo Rossi, Tiririca, Jô Soares, Ari Toledo, etc...

Oi, Oi, Oi,,,já dizia Silvio Santos muito antes de Avenida Brasil...

Alguns casamentos não dão certo porque já começam sem nenhuma originalidade “na alegria, na tristeza, na saúde, na doença” e ninguém tenta criar algo diferente, talvez assim:“Vamos juntos e agarrados pela vida afora, até que a mesmice nos separe...”

E por hoje é só. Que nossa amizade, sendo chama possa apagar, mas que seja infinita em sua existência...

Tenho dito...