Como capim porque gosto...

Não sei se sou mesmo burro ou se como capim porque gosto...

Deparo-me nesta reflexão ao ler nos jornais o desejo dos nossos líderes políticos/partidários de implantar no Brasil o financiamento publico de campanha sob a alegação de que, dessa forma, daria fim a doações de empresas às campanhas eleitorais.

Segundo nossa Ministra do Supremo Tribunal Federal(TSE), Carmem Lúcia, as doações criam vínculos perigosos entre empresas e políticos, pois estes são cobrados, após o pleito, para cumprir favores.

Mas, isso implantado, significa que, além do fundo partidário já existente, o govêrno repassará aos partidos recursos para financiar as campanhas eleitorais e essa conta vai ser paga com o dinheirinho suado dos impostos que arcamos quando compramos nosso arroz com feijão de cada dia.

Sinto-me burro porque não consigo entender tal proposta que, no fundo, vai beneficiar apenas os políticos que, além do dinheiro público, receberão (por fora) as doações das empresas. Todos sabemos que a maioria dos gastos com campanha são feitos através de caixa dois e que a prestação de contas perante o TRE não passa de um "me engana que eu gosto".

Além do mais, um candidato qualquer poderá receber o financiamento publico e mascarar sua "prestação de contas" com notas frias...

O que precisamos neste País é punir exemplarmente o político corrupto e fazer valer ao pé da letra a Lei de Responsabilidade fiscal apara banir de vez àqueles que só entram na política para " se dar bem"...

Precisamos trabalhar a formação moral das novas gerações numa escola de qualidade, com professores repeitados e valorizados, e então teremos políticos honestos, comprometidos com os anseios da sociedade da qual faz parte.

Hoje é tão raro uma autoridade cumprir sua obrigação que o Ministro Joaquim barbosa virou ídolo Nacional apenas porque cumpriu.

Não precisamos de financiamento de campanha, mas de bom comportamento nas campanhas...e de políticos que honrem seus mandatos com trabalho, honestidade e respeito à sociedade.

Concluindo, penso: Sou burro e como capim porque gosto...