ESTATÍSTICAS

ESTATÍSTICAS

Estamos às vésperas do jubileu de prata do SUS – Sistema Único de Saúde que foi instituído pela Constituição de 1988 quando sòmente 30 milhões de brasileiros eram amparados gratuitamente na área da saúde e com este ato o número de assistidos passou para 190 milhões.

Ninguém cresce tanto através de uma atitude e mantém qualidade de serviços. Esta verdade se repete a cada dia que se aumentam serviços sem suporte estrutural. É tão incontestável que os reflexos são evidentes e presentes.

Quando tomamos conhecimento de estatísticas levantadas referentes ao SUS onde pela CF é garantida a saúde gratuita para todos os brasileiros, sabemos que 80% da população dependem deste atendimento.

Segundo o Ministério da Saúde o SUS apresentou no último ano, 6,1 mil hospitais credenciados na rede pública de atendimento; 45 mil unidades de atenção primária (postinhos), 30,3 mil equipes de saúde familiar (PSF); 2,8 bilhões de atendimentos ambulatórias/ano; 19 mil transplantes; 236 mil cirurgias cardíacas; 9,7 milhões de procedimentos de quimioterapia e radioterapia e 11 milhões de internações diversas. Além destes números, são enaltecidas as ações da SAMU, das Políticas Nacionais de Saúde da Mulher, da Humanização do SUS e da Saúde do Trabalhador.

Com a municipalização da saúde pública, Federação e Estado aplicam recursos nas ações gerenciadas pelos Municípios que aplicam 15% do seu orçamento para encorpar o montante a ser gasto anualmente neste seguimento. Nosso município chega aos 17% de seu orçamento comprometido com a saúde da população. Acreditamos que ainda faltam muitos recursos para melhorar o atendimento à população. A prova está na má remuneração dos profissionais desta área, o baixo valor pago por procedimentos laboratoriais e exames mais sofisticados que por falta destes recursos, muitas vezes levam até dois anos para ser realizados. Quem pode esperar é beneficiado, mas quem tem urgência pode optar por pagar ou morrer. Nem se fala em tratamento médico para doenças mais complicadas. Falta medicamento que muitas vezes são de responsabilidade dos Estados e que não são repassados com a periodicidade necessária.

Estatísticas são mostradas com números oficiais maravilhosos como os que aqui apresentamos, mas falta a análise da qualidade destes serviços. Esta é a pior possível. Falta recurso, mas num país que se investe em Olimpíada, em Copa do Mundo e que se manda auxílio para países pobres (como se nossa população fosse constituída por ricos) tais como o Haiti e o Timor Leste onde tropas brasileiras, às nossas dispensas, guarnecem os conflitos belicosos e assistem aos necessitados, não se pode falar em falta de recursos. Sem falar nos desvios orçamentários promovidos pelos interesses escusos e a “roubalheira” tipo Mensalão que é promovida na esfera Federal. Falta sim, melhor gestão de recursos orçamentários, seriedade e respeito aos brasileiros.

Precisamos refletir melhor sobre as belezas que nos são apresentadas pelos noticiários provenientes dos órgãos oficiais deste país tão carente de atendimento em saúde e tão “enrolado” pelos governantes e as suas estatísticas.