Desabafo pessoal sobre a luta pelos Direitos Humanos

A luta pelos ideais significa, para alguns desprovidos deles, uma "prática de panfletarismo" e/ou "oportunismo. Justamente quando aqueles que não possuem ideais são aqueles que fazem política, muitas vezes, na ótica mais oportunista e fisiológica.

A luta pelos ideais, porém, não pode se reduzir a uma mera bandeira oportunística e eleitoreira. Ela tem que beneficiar amplos setores da sociedade.

E o resultado eleitoral pode ser (ou não) o reflexo da prática destes ideais.

Por vezes, os ideais postos em prática são tão além do tempo, feita por pessoas visionárias, que pode ser até capaz de uma parcela considerável das massas não compreendê-la imediatamente e só entender a mensagem de tais ideais 20, 30 ou até 40 anos depois.

Vide o caso dos CIEP's e da educação em tempo integral (há 30 anos atrás e que hoje é encampada retoricamente por todos, desde o DEM até o PT/PSOL).

Haveria outros exemplos históricos afins, mas seria bastante cansativo para citá-los e enumerá-los.

Por que digo isto aqui em público?

Bom... além de sempre me guiar pelos ideais que eu sempre defendi ao longo da minha vida, tratei de ousar diante da indignação que eu via om os meus olhos e com a narrativa de gente séria e qualificada, falando sobre as dificuldades na obtenção de empregos de qualidade, qualificação profissional e até mesmo sobre o pleno acesso ao ensino básico (Fundamental/Médio). Aprendi muito a partir das conversas que tive com a Rebecka França sobre esta grave iniquidade social às travestis/transexuais, além de ouvir a fundo no PDT as colocações muito pertinentes de grandes companheiros de luta como Fabiana Karine, William Rodrigues e Rodrigo Ferreira.

Conheci na prática gente de talento e de grande envergadura intelectual, que procuram driblar as discriminações sem vender a sua dignidade as suas concepções de vida. Pessoas como, por exemplo, Giowana Cambrone Araujo, Alessandra Ramos Makkeda, Tatiana Crispim e Laura Mendes, com ampla formação intelectual para exercer as suas funções e mesmo contribuindo com seus impostos, não tem, em contrapartida, qualquer salvaguarda do Poder Público à altura para poder exercer o exercício de suas profissões, na condição de portadora de seus direitos e deveres como cidadã e integrante da classe trabalhadora.

Finalmente, a uma pessoa querida e grande - uma pessoa querida, de um idealismo sem precedentes - como De Souza Sarah, vi acima de tudo o lado genuinamente cristão e progressista desta agenda. Sem dúvida, muitos de seus apontamentos pessoais form DECISIVOS para eu encampar boa parte das premissas que escrevi neste artigo (vide link abaixo), à luz da visão democrático-popular e nacionalista que o PDT sempre defendeu ao longo de sua história.

Por não me omitir como cidadão e como uma pessoa que ama e teme a Deus e ao seu povo, sou acusado inclusive de "panfletarismo". Por vezes, difamado, por abrir ao debate um tema que atinge um conjunto da sociedade, visto pelos demais como "subcidadãos" e "párias". E o amor que enho a Deus me compele a amar de verdade o meu próximo. E por amar ao meu próximo, tentei, mesmo com todas as minhas limitações e falhas, escrever este artigo, apontando não só questionamentos, mas alguns caminhos para um debate que deve ser tratado à altura, sem farisaísmos ou retórica fácil, mas que resolva o cerne desta questão e que faça com que não apenas as lideranças dos movimentos sociais, mas, acima de tudo, os parlamentares, gestores (secretários municipais/estaduais e afins da Administração Pública), prefeitos, governadores e a Presidência da República promovam a plena justiça social ao nosso povo... à nossa classe trabalhadora e segmentos marginalizados. E a comunidade LGBTT faz parte deste contingente.

Se panfletarismo significa sensibilidade e idealismo, eu sou panfletário.

Panfletário dos meus princípios. Panfletário dos valores que carrego para mim!

E não me escondo por trás da minha fé. Pelo contrário: a minha fé e a minha concepção de uma sociedade mais digna e justa foram quem me compeliu a fazer isto.

Foi justamente por amar a Deus e ao meu próximo que tomei esta iniciativa.

Ainda que nem sempre compreendido por aluns dos meus "pares" (se é que são verdadeiros "amigos"). Mas vamos prosseguindo...

Que Deus nos guie e faça de nós instrumentos vivos na construção de um mundo mais justo!

Pátria Livre, venceremos!

Wendel Pinheiro
Enviado por Wendel Pinheiro em 08/02/2013
Código do texto: T4129690
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