A vida e a certeza dos paradoxos
A insônia nos ensina algumas lições. Lições sobretudo de vida.
Lições que nos mostram o quanto, face à nossa mediocridade, achamos que somos "capazes". E muitas vezes, sequer sabemos governar a nós mesmos! Que dirá então censurarmos os outros, cobrando dos tais a perfeição que nem mesmo praticamos em toda a sua plenitude.
Nesta jornada a gente se acha coerente. Autêntico.
Mas muitas vezes esquecemos que a nossa autenticidade surge nos paradoxos mais reais. Nas contradições que ora carregamos, trazendo a luz todas as nossas mazelas e impedindo-nos de viver e de amar com ousadia.
Calamo-nos da mediocridade de cada dia. E entre os oceanos de hipocrisia, tentamos mergulhar rapidamente - entre a luta para fugir ou ao menos, sobreviver a ela -, sob pena de submergirmos e afundarmos em mares bravios de lama.
Diante disto, o que fazermos? Como sermos nós em toda a plenitude? Como vivenciar a fundo as nossas limitações, sabendo viver intensamente e de forma altruística e solidária?
Como curar as mazelas do passado que ora ainda persistem no presente, impedindo-nos de amar e de ser o que somos? De sermos felizes e de termos em Deus a essência e a plenitude do amor.
A crônica, entre a insônia e o cansaço, nos faz refletir, de forma bastante pungente, o sentido mais vivo da vida.
Mas como viver?