SOCIEDADE PLURAL

Se quem me feriu de alguma forma, demonstra que se arrepende com um simples "foi mal", tudo bem pra mim. Já pediu desculpa ou perdão, e será perdoado sinceramente. E se alguém me agradece com um despojado "valeu", também vale. Terá o meu "de nada", "não tem de quê" ou "não seja por isso".

Considero devidamente firmado, aquele compromisso com o indivíduo, quiçá "brother" inteiramente tatuado e com piercings por todo o corpo, que me responda um "já é". Confiarei plenamente. Acolherei o "quebra essa" como "por favor"; o "fui", como "com licença, preciso ir", e a declaração de amor pode ser o eterno, velho e bom "me amarro em você". Às vezes basta uma piscadela descontraída, uma careta risonha ou simplesmente um sinal com o polegar.

Meu bom dia, boa tarde ou boa noite não é melhor nem "mais da hora" que o já batido "e aí" de quem cruza o meu caminho. Seja bem-vindo pode ser "chega mais", quando quem convida o faz com carinho e boa vontade.

O amor e o respeito se revelam em todos os idiomas, regionalismos, classes, culturas e aparências. Concordarei dizendo "é isso aí", do meu jeito, a qualquer cidadão de bem - tenha bens, fina estampa, ou não -, que até me chame de "bicho"... mas me trate com o gente.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 19/08/2013
Código do texto: T4441120
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