Genética...História para ser lembrada... Elvis Presley ou Tina Turner?

A beleza saltita bem em frente aos meus olhos! Corpo esguio, topete embelezando a cabeça loira, um cantar com voz rouca, mas afinado... somente, os pés enfeiam a belezura, esticado para trás feito o caipora!

A família desconhece o seu sexo, mas, o seu canto aliado ao seu belo topete rende vários apelidos, contudo, dois deles marcam: Elvis Presley e Tina Turner !

Corre, corre, corre... relógio digital parece contar o tempo com maior velocidade! Lua renova o céu com suas fases, em cada pontinho do seu relevo um quebra cabeça pode ser formado aos olhos de qualquer terráqueo.

“Olha lá está São Jorge golpeando o dragão!”

Chiu! Fale baixo... precisa tomar cuidado com o que fala... as paredes ouvem tudo, e se houver alguém de alguma "ONG" que cuida de preservar os dragões, você pode ser processada!.

“Nossa” Até o narrador está amedrontado! Dragão é fruto da imaginação, não é mesmo?”

É verdade! E o tal do dragão de Komodo? Este é real...

“Narrador deixa de dar pitaco na minha história!”

“Um ovo! Veja mãe, Elvis Presley botou um ovo!”

Um ovo? Elvis Presley?

“Ele é fêmea? Ele é ela! Ela é a Tina Turner ... Tininha de hoje em diante para os mais íntimos.”

Desde pequeninos a ninhada de canários foi alimentada pela mão de Carla, Tininha vem comer jiló, gema de ovo cozido, almeirão, larvas na sua mão... tão bonito de se ver.

“Eita, como é comilona essa Tininha!”

Tininha está condicionada a comer sementinhas de jiló durante o dia todo.

“Mãe, Tininha condicionou toda a família com seu assobio pedindo comida”!

Priiiiiiiiiiiiiiiiipriiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiipriiii! Assim é o seu canto para cada um que passa por ela... Logo ela ganha um pedacinho de gema, ou de jiló.

Passarinho é tão frágil, a qualquer momento fica doente e morre, por isso, o seu dono precisa estar sempre atento.

Manhã fria de julho, Tininha não canta, não pula de poleiro em poleiro, ela está feito uma bola de pluma no fundo da gaiola. A família entra em desespero, afinal, sabem do perigo que ela corre. Canarinho que vira bola, logo morre. Carla recorda que o seu pai conseguia curar alguns canários com infecções bacterianas com sulfa.

Ela sai em busca da tal sulfamida, deste modo, começa a tentar salvar Tininha colocando o pó de sulfa na água que ela vai beber.

Dias sombrios sem ouvir o canto rouco e afinado de Tininha. Tempos de tristeza para todos da família ao vê-la encorujada feito um pompom de pena no fundo da gaiola.

“Nossa! Mesmo doentinha ela continua faminta!”

“Filho essa comilança vai salvá-la!”

Dito e feito! Setembro, aquelas penas feias, sujas pelos longos dias vividos no fundo da gaiola estão sendo trocadas. Que belezura que ela está ficando toda amarelinha.

Priiiiiiiiiiiiiiiiipriiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiipriiii! Priiiiiiiiiiiiiiiiipriiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiipriiii!

Ops! Com licença... Vou dar uma larvinha para a nossa Tininha, ela está me chamando. Já estou indo Tininha!

História para ser lembrada...