Marina, de novo, se pinta.

Por Carlos Sena



Que maldade está fazendo à cancão imortalizada por Nelson. Outro dia ela também se pintou e quase convenceu. Agora vem de novo posando de verde, mas sem verdade. Apenas pintura. Mas, como pintar tanto o rosto se ela, a Marina de ocasião é crente, evangélica roxa? Roxa? Novamente a cor - seu divertimento preferido. Não fosse com coisa séria, seria até engraçado ver uma crente tão cheia de cores, com vocação de arco-íris. Marina de novo se pinta. Vai chegar na sétima vez e, certamente, não alcançará o tom do seu batom. Mas, pintará ela o sete, diante da tela aberta que está no cavalete a procura de novos pintores e de novas tintas? Marina quer pintar o sete, talvez porque saiba como pouco que Deus criou o mundo em sete dias e, assim, ela pintará o sete como se fosse deusa da iconografia politica que vive a esmo esperando o "salvador da pátria"...
Marina, de novo, se pinta. Só não pinta os beiços pra lhe quebrar um pouco o visual de viúva triste ou de madalena arrependida porque um dia ela defendeu o pastor Marcos Feliciano - aquele que, com ela, são a favor da homofobia. Marina se pinta. Não sei se com guache, ou com tinta óleo, ou com carvão que também pinta a cara de Mateus e Catirina. Prefiro Mateus e Catirina e a nau catarineta, a essa que só se pinta quanto tem eleição, mas não pinta a feição para deixar de ser insossa... Ah, Marina, por que você não toca a canção da marcha regresso?