MANDALA E MANDELA.
Por Carlos Sena (da coleção "Texticulos")


A cor da pele não repele o sentimento. Discernimento não é ser fiel ao que se tem, mas ao que existe de humano. Se o que se sente é humano então passa a não significar apartação. Separar o que é humano pra quê? Pra que separar por cor, por sexo, por... O que se sente por dentro não tem sexo, mas tem nexo; não tem cor, mas acordo entre os "sentires"... 
O universo de cada indivíduo é coletivo singular dele na condição de pessoa. Às pessoas é facultada a felicidade suprema. Esta não é conceito nem produto da retórica intelectualista dos tempos modernos. Porque não depende de tempo, porque não depende de tempero, porque não depende mero favor ou de esmero de louvor em vão. A cor da pele não é acordo. Acordo é a cor da solidariedade pra ele e pra ela e pra elos. No infinito o arco-íris se combina e se rejubila com o sol e com a chuva - verdadeira Mandala de amor por esperar MANDELA.