Passou... o Natal!

Passou o Natal... rápido, não é mesmo? O tempo contado nestes dias em que a velocidade da luz se tornou o cronômetro da vida moderna, orientando, ou melhor, desorientando os dias do homem, dito, civilizado!

Natal em seu sentido original precisa ser cultuado, mais do que nunca, para dar um refrigério, além de uma pausa nesta roda-viva... da vida (tão curta vida), interminável, praticada pela grande maioria das pessoas. A data tornou-se uma tremenda dor de cabeça, pois invade a privacidade com diversos “memes” invasores. Lembrar que, este termo foi brilhantemente formulado lá pelos anos de 1976 pelo genial Richard Dawkins no seu bestseller: “O Gene Egoísta”. O “meme” pode ser considerado como uma idéia que, se fixa numa parte do seu cérebro, onde, a informação fica armazenada para ser propagada com facilidade.

“Natal tempo de presentes”; “Papai Noel não se esquece de ninguém”; estes são alguns “memes” fixados na memória dos cidadãos de qualquer parte do planeta! A comemoração desta data vai muito além de toda essa comercialização de idéias!

Andando pela Rua do Porto pude constatar as crianças aos lados dos seus pais testando seus brinquedos, correndo pelas alamedas do entorno do nosso Rio de Piracicaba, este sim, um tanto adoentado, mostrando o seu esqueleto de pedras, seco, pela estiagem prolongada que afeta a região. Pude ver famílias inteiras brincando, confraternizando, passeando... , esquecendo do malfadado tempo, devorador dos prazeres considerados por muitos como banais, mas, tão importantes para alavancar à alegria e com ela a disposição para viver.

Natal tempo de afagar uma criança lembrando do nascimento de um menino, que dizem, quis nascer numa estrebaria junto aos animais... ops! Acredito nesta história tão poeticamente contada através dos tempos... Será que toda ela, também é um malfadado “meme”?!