O BOQUETE - 2
Por Carlos Sena



Ouvi de uma amiga uma história interessante: por várias vezes ela ouvia seu filho de 7 anos falando, entre os irmãos, a palavra BOQUETE. Apreensiva, diante do usual "significado" do termo, conversou com o marido sobre a melhor forma de dissuadir o garoto daquela palavra. Diante de tudo que se pode ver e ouvir nesse mundo moderno, os pais imaginaram, inclusive, que o menino soubesse de fato, o que significava  "BOQUETE". O pai chegou logo a culpar os amiguinhos da escola. A mãe, por sua vez, embora não acreditando que o filho estivesse com esse tipo de "palavreado" pensou em falar com uma psicóloga. Mas desistiu. Certo dia, quando caminhando pela calçada ela foi levar o garoto à escola, surpreendeu-se! 
No trajeto havia uma floricultura, cuja logomarga estava estampada na parede: "BOUQUET". Inesperadamente, o seu filho disse: "mamãe eu já sei ler até em francês: BOQUETE". 
Minha amiga respirou aliviada, mas deu boas gargalhadas no caminho de volta pra casa. Ligou para o marido e juntos riram pra valer. Nessas horas todo cuidado é pouco para não fazer julgamentos apressados.