PARA PENSAR ANTES, DURANTE E DEPOIS DE CADA ELEIÇÃO

Passadas as eleições, ainda se vê parentes e amigos estremecidos, porque um votou na Dilma e outro no Aécio. Este preferiu o Pezão, e aquele, o Crivella. Matilde adora o PT, mas Pedro é louco pelo PSDB. Na opinião de Zefa, Lula foi melhor do que o Fernando Henrique, porém, Arnaldo não acha.

Minha cidade, por exemplo, tem aqueles que matam por determinada ex-prefeita, enquanto muitos morrem pelo prefeito atual. De alguma forma, todas essas pessoas têm seus ídolos políticos. Umas tietam alguns e dão marretadas em outros; outras, vice-versa. Como sou alienado e cético em relação a todos os aspirantes, detentores e pingentes dos poderes constituídos, apenas me calo e passo ao largo das discussões apaixonadas de quem reverencia o poder, não importa o lado, partido, facção nem quadrilha. Ademais, tenho mesmo essa mania de preservar os meus próximos, em nome da história que já tenho com eles.

Cada um tem suas preferências, convicções ou quimeras. Desperdiça tempo, argumento, esperança e voto com quem quiser. Peço apenas que alguém responda sinceramente: será que algum desses trastes que agora estão ou que um dia estiveram lá realmente merece o estremecimento de nossos afetos? O sacrifício de nossas amizades?

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 04/11/2014
Reeditado em 04/11/2014
Código do texto: T5022652
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