Redes Saciais.
Por Carlos Sena

    



Conheci uma pessoa por uma rede social. Uma pessoa fraca de conteúdo e de feição. Só ficamos no primeiro encontro.
 
Ah, redes sociais, a quem Saciais?

Outra pessoa em São Paulo conheceu uma moça aqui em Recife, pelo Bate Papo. Combinaram que ele sairia de São Paulo para passarem um final de semana juntos. Quando Ele chegou ao aeroporto que ligou  pra ela, nada. Telefone na caixa postal. Tentou várias vezes e nada. Foi pra um hotel (isso em pleno domingo de carnaval) e ficou tentando  novamente, nada. Resultado: pegou o primeiro avião de volta pra São Paulo. 

Ah, redes sociais, a quem Saciais?

Um rapaz casado com uma moça que também gostava de mulher. Ele usou o Facebook se passando pela esposa e marcou encontro com uma mulher que estava a fim de sua esposa. No encontro a mulher estranhou, mas ele disse que a esposa pediu para ele ir ao seu encontro e se encontrarem os três para um programa coletivo. A mulher acreditou. No meio do caminho o rapaz entrou no mato e obrigou a moça a transar com ele. Depois de tudo ela simplesmente disse que o cara tinha o pau pequeno. Ele puxou uma faca e a moça foi para no HR, mas não morreu. 

Ah, redes sociais, a quem Saciais?

Há pessoas que tudo postam nas redes sociais: se estão saindo de casa dizem: "indo ao supermercado". Se comem uma fruta postam foto com a fruta. Se estão felizes: "se sentindo feliz". Tristes: "se sentindo triste". Postam os filhos no berço, cagando, mijando, etc. Se estão em férias no exterior, aí vem um turbilhão de fotos. Se morre alguém da família também postam com detalhes. Postam tudo. Coisas interessantes e nem tanto, ou seja, bostam.

Ah, redes sociais, a quem Saciais?

Acaso saciais a baixa auto-estima de muitos? Saciais a solidão de outros tantos? Ou, por acaso, saciais a falta de Psicólogos no mercado ao ponto de servirdes de terapia? Talvez a falta de fé Saciais? Ou será mesmo que sois Deus, ah redes Saciais?