A ESSÊNCIA DE TUDO

Piscamos os olhos, e eis aí mais um fim de ano exigindo as contas do que fizemos de bom ou mau no decorrer do ano findo. Uma cobrança que flui naturalmente, levando-nos a uma reflexão necessária para o aprimoramento da humanidade que precisa rever a cada dia os seus atos e conceitos, promovendo a realização do sonho de um mundo melhor.Esse poder de mudança está dentro de todos nós, como semente que pede para germinar e crescer, infinitamente, mas sofre o impedimento de nossa insensibilidade, nossa falta de amor e consciência, nossa dureza de coração. Tantos atributos negativos levam à decadência do planeta e tornam a vida cansativa, pesada, cinzenta e sem perspectivas futuras animadoras. Pior de tudo é que sabemos disso e não nos dispomos a dar o melhor de nós em um grande mutirão pela paz (não aquela das passeatas que enriquecem as ongs e elegem políticos), o resgate e a preservação dos valores humanos e o amor pela vida, começando pelos cuidados com o próximo e com o meio ambiente, do qual somos parte primordial e sequer nos deixamos atentar para isso.Que esse amor entre os seres alcance uma consciência afetiva em que todos se aceitem sem restrição. Sejam banidos os preconceitos raciais, religiosos, de ordem sexual, e ninguém seja obrigado a ser igual aos outros, em nome dessa aceitação. O mundo é dos negros, brancos, asiáticos e peles vermelhas, como é dos cristãos, judeus, ateus, agnósticos, muçulmanos e umbandistas. Ele é dos iguais, dos diferentes, dos indefinidos, e todos acabam sendo um só, pela origem comum, seja ela a que a bíblia aponta, a que a ciência expõe, a que se faz incógnita para quem rejeita esta ou aquela definição.A essência de tudo é que ninguém é melhor que o próximo, siga o que siga; pregue o que pregue; faça parte desta ou daquela crença, seita, ordem, sociedade, cultura, país. O início desse entendimento seria também o do tal mundo melhor, no qual ninguém se julgue escolhido, predileto de que ou quem; especial sobre os demais.