Caiu a internet? Putz, Braudel!

Boa noite meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 que de vez em quando pegam um ônibus e dão uma passadinha por esse meu recanto literário. Hoje fomos sabotados!

Eu estava no meio do texto, no tempo hábil para publicar a crônica de toda sexta-feira, santa ou não, na Baca hora de 17h e 30min quando a moça do Cyber da rodoviária de Nuuk trancou o meu tempo de acesso no computador.

- Ei, o que houve? - perguntei.

- Caiu a internet, senhor.

- Caiu a internet? Putz!

Sabotados, fomos sabotados meus caros 59! Sabotados pelo provedor de internet! E eu tinha feito toda uma logística para escrever para vocês...

Fui hoje a Nuuk pegar um certificado de conclusão de uma pós graduação que fiz na Universidade da Groenlândia, na área de ciências humanas. Saí de lá e peguei um ônibus para a rodoviária de Nuuk, a tempo de usar o Cyber Café de lá antes de pegar outro ônibus para Charky City, que fica a 50 minutos da capital. Inclusive, comprei um horário mais tarde só para dar tempo de escrever o crônica e postar no Baca horário. E então...

- Caiu a Internet? Putz!

Bom, só pude escrever agora, depois de chegar em Charky City. E, claro, perdi totalmente a conecção com o tema que estava escrevendo, pois, como vocês sabem, escrevo de improviso, sento e mando tecla, para ser natural e espontâneo. Daí, com a interrupção, babaus. Tinha trabalhado o tema mentalmente no trajeto de ônibus da universidade para a rodoviária.

No caminho para Charky City, vim lendo um livro do Fernand Braudel, Escritos sobre História, de 1969, numa nova edição que comprei na livraria da universidade. Sobre isso não vou falar né, pode parecer muito querer dar uma de intelectual. Embora já estar falando que li Braudel pode parecer uma jogada fácil para impressionar e pagar uma de intelectual, não é mesmo? E, também já fiquei falando que fiz uma pós, coisa e tal.

Bom, querem saber de uma coisa? Dane-se! Eu sou eu mesmo e só o fato de mencionar esse historiador dos bons já vale como uma dica para alguém que não tenha ouvido falar dele. O cara é demais, vale a leitura. Assim como o Bauman e o Hobsbawm, que todo mundo conhece e acha em qualquer lugar livros deles às pampas.

Braudel é das antigas, mas nem todo mundo ainda ouve falar dele hoje em dia, e é um cara diferenciado, com a sua famosa "longa duração". Procurem ele por aí, pode ser até na Wikipédia, vale a pena. E, se for em livro, melhor, pois a bosta da internet cai. Só dá galho se estiver lendo de noite e faltar luz em casa, daí...

Bom, nem vou falar disso para não ficar dando ideia para o pessoal da companhia de energia elétrica. Vai que...

------

Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 29/07/2016
Reeditado em 29/07/2016
Código do texto: T5713258
Classificação de conteúdo: seguro