A miséria e o sucesso
Entre a miséria e o sucesso cambalearam muitos personagens da história. Tão real é este fato que muitos dedicam a vida a combater a miséria e raros fazem isso apenas por um ideal ou utopia ou ainda voto de pobreza. Viva São Francisco.

Miséria espiritual, com todos seus canais de expressão inclusive a mídia, e miséria material, com todas suas causas e efeitos, capitalismo predatório, desrespeito ao meio ambiente, decadência por causa de jogo ou droga. Pobreza senso lato, também miséria, miséria absoluta de quem vive na rua por degradante vício ou inépcia total, falta de oportunidade que nunca houve e que ao que tudo indica nunca haverá para todos. 

O poder isola e corrompe, corrompe os fracos de caráter, corrompe até pessoas que longe dele levariam vidas honestas. Em geral, pessoas de sucesso cuidam das suas próprias vidas, não confundem sucesso com poder. São felizes dentro do que se propuseram, felizes no sentido de que realizaram algo planejado, de que gostam de fazer e viver bem disso. 

Mas qual seria a miséria do sucesso e o sucesso da miséria? Porque se ambos, apesar de opostos acontecem, são fato, é por que tiveram sucesso ao menos em acontecer, até mesmo de uma perspectiva subjetiva; como por exemplo: o sujeito que tem tudo para ser feliz mas morre de tédio; alguém que se faz de morto para não se emocionar ou se envolver, embora tenha condições de contato social; alguém que experimenta profunda solidão seja na miséria ou no sucesso.

Solidão na miséria vivida por falta de compaixão alheia, solidão no sucesso por falta de empatia do outro ( por inveja, incompreensão, entre outras causas). Atrás de um grande homem há uma grande mulher, grande aqui não significa empoderada, necessariamente, nem uma Amélia personagem da música de Mario Lago legada ao ostracismo, significa compassiva e até capaz do perdão e solidária e presente nas situações em que xis ou ípsilone se aplique.

Hoje em dia, não é mais necessário ter atuação pública para eventualmente um homem ou mulher sentir-se só, na miséria ou no sucesso, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, nem sendo mais necessário que a morte os separe. Pode ser besteira, insignificância alguém sentir-se assim, pode ser falta de resiliência (palavra tão ambígua como a ambiguidade). Pode ser o diabo que o carregue! Eta vida besta! Será que alguém vai entender o que está escrito aqui? Será que alguém já se sentiu assim? 

 
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 04/12/2016
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