Enquanto a crise rola por uma ladeira abaixo, com crise entre o judiciário e o legislativo, o que há ainda de bom a esperar deste ano de dois mil e dezessete depois de Cristo? Um tango argentino seria o mal menor, quem dança sabe como dançar um tango é paixão cerebrina a exigir equilíbrio, intensidade e beleza. Sim, por que não esperar ainda alguma ternura e beleza, respeito e leveza? Esperar que ele acabe logo? Aceitar que a piada corrente de serem os melhores votos para dois mil e dezessete esquecer o dezesseis? Ou aceitar que a vida segue, embora se planeje o futuro da nação em meio ao caos?

No plano pessoal, sem querer mais saber da hora do Brasil, quais foram as alegrias e tristezas cabidas dentro deste ano trágico? Em que medida as conjunturas ou melhor as circunstâncias,  se falamos de plano pessoal, foram boas ou ruins? Claro que em meio ao caos houve quem até enriqueceu com a crise. Casou, separou, nasceu ou morreu. A vida comezinha sempre é imperiosa. Que seja então o tédio a bem-aventurança até o dia trinta e um de dezembro de dois mil e dezesseis. Natal em banho-maria de uma água tépida que nos relaxe os músculos. Retesados ainda, embora ao reveillon talvez possam ir soltos, enquanto vozes cantam em cada canto do mundo a continuidade da vida que segue ou que deixam seguir.


 
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 07/12/2016
Reeditado em 07/12/2016
Código do texto: T5846238
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