Bjorn Borg versus Roscoe Tanner

Bjorn Borg foi o Muhammad Ali do tênis. Frio, calculista técnico. O que ele fez com Roscoe Tanner, que venceu os primeiros dois setes no saque foi igual o que Ali fez com George Foreman, quando então deixou o homem mais forte do mundo bater até cansar antes de nocauteá-lo. Em disputa estava o troféu do US Open de 1979, Tanner jogava em casa, ao dim do segundo sete vencido pelo adversário com grande facilidade,  o sueco começou a dominar o jogo com a sua técnica e jogadas geniais. Hoje com as técnicas de preparação física que fizeram Rafael Nadal e Novak Djokovic, recentemente, suportarem uma partida de mais de cinco horas, talvez Roscoe Tanner tivesse fôlego para ganhar o terceiro sete do sueco, mas isso seria lamentável, porque o show de tênis dado por Borg, não só naquela ocasião, elevou o jogo a mais pura arte. Três anos depois, em mil novecentos e setenta e dois a seleção canarinho com Zico, Sócrates, Toninho Cerezo e Falcão, perderia uma quarta de final para a Itália por três a dois, dizem que aquela derrota desgraçou e enfeiou o futebol por décadas. Talvez uma derrota de Borg para Tanner naquela ocasião viesse a ter tido o mesmo efeito. As gerações mais novas no futuro vão se orgulhar de terem visto Roger Federer e Rafael Nadal jogarem, também vi. Fico feliz por todas essas oportunidades.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 29/01/2017
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