NÃO É NADA PESSOAL...

Nos pressupostos que embasam as práticas econômicas vigentes, as necessidades humanas são definidas como sendo de natureza material, e dizem respeito à sobrevivência, ao conforto, ao bem estar físico e psíquico, e à eficiência das atividades socioeconômicas do homem: produtos e serviços são necessários para satisfazê-las.

A oferta de valores subjetivos, como a integração holística com o Universo, a amizade, o amor e a espiritualidade, não satisfazem as necessidades humanas no âmbito da economia e, portanto, não devem estar nos currículos escolares formatados para formar o “homo” social produtor-consumidor, nem nas relações econômicas de produção e distribuição de riqueza. Na pequenez da compartimentalização do conhecimento humano, tais valores devem ser objeto de organizações e atividades não econômicas como as religiões, as comunidades filosóficas, os centros de auto ajuda e os movimentos ambientalistas.

Quem se aplica no ofício do desenvolvimento econômico - pessoal ou da sociedade - , não há que se importar com valores não econômicos, a não ser que, possuindo uma visão social e humana que ultrapasse as barreiras da economia, consiga incluir em sua filosofia de vida e de trabalho, valores éticos, ecológicos e humanos.

Afinal, “não é nada pessoal, são apenas negócios”. É este o jargão que tenta justificar muitas das ações antiéticas, antiecológicas e desumanas, realizadas para garantir o lucro e o sucesso econômico.

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Mas... enquanto os vermes devoram o fruto apodrecendo, suas sementes já constroem as bases do novo ciclo. Tenhamos paciência e perseverança!