Arisca Mel se foi

Boa tarde meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez. A família Bacamarte está de luto. Explico.

Hoje pela manhã, a Louise encontrou a Arisca Mel morta na frente de casa. Ela era uma gata preta que a gente tinha. A Louise fez um choro daqueles, coitada. Ela adorava a gata.

Eu escrevi sobre ela em abril (Gatinhas do Mal) e novembro (Sexta-feira 13: gatos pretos...) de 2015, talvez alguém aí se recorde. Ela foi a única da ninhada de cinco gatos que a gente ficou. Era muito doente e arisca, meio neurótica. Por ter pego uma doença brava, quase morreu, e tivemos que fazer um pesado tratamento veterinário para salvá-la. Em virtude disso, um pouco do seu pelo ficou esbranquiçado e ela não cresceu muito, ficou do tamanho de um bichano adolescente, o que lhe deu uma graciosidade especial.

Durante o tratamento, a Louise foi amansando ela, e a gata acabou ficando bem carinhosa, embora muito nervosa e desconfiada. Vinha no colo da gente, se esfregava, pedia carinho, olhando-nos com seus belos e expressivos olhos verdes. Um barulho na volta e ficava atenta. Um movimento brusco de alguém por perto e saía correndo.

Depois de encontrá-la e chorar, a Louise foi trabalhar e eu fui enterrar a Arisca. Fiquei triste também, ela fez as pazes comigo no decorrer da vida e vivia no meu colo. Eu gostava de fazer carinho nela e brincar.

Cavei com a pá e a enxada um buraco exato do tamanho dela na terra dura feito tijolo lá de casa, sob o olhar curioso dos cachorros. Doeu tapar a tadinha. Adeus olhos verdes, desculpa qualquer coisa, nunca fiz nada de que não gostasses de sacanagem, foi sempre visando o teu bem, Arisca.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 10/02/2017
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