UM UNIVERSO ELEGANTE E IMAGINADO

 

 

 

(Felix qui potuit rerum cognoscere causas - Virgílio)

 

 

 

Não existem fogos de artifícios comparáveis com o que foi essa astronômica explosão atômica, hoje, teoricamente conhecida e muito discutida como Big-Bang, isto é, ou melhor, isto foi o princípio de tudo.

De repente, explode o átomo primordial e, na dança super quente e acelerada da radiação, frenéticos quarks, hadrons, léptons, neutrinos e elétrons, dão início a magnífica coreografia quântica, que plastificou a natureza do universo em bilhões de anos, para que o homem sábio se deslumbrasse com a inefável beleza do cosmo.

Da dança binária das estrelas ninfetas, iniciando a sua estréia nos céus, o homem introspectivo e cioso da inteligência suprema, formula hipóteses e teorias, querendo entender através do seu limitado conhecimento a mente do Criador, digo isso porque, com toda certeza, o universo passou a existir porque antes ele havia sido pensado.

Com muita inteligência, propriedade e carinho, o universo foi imaginado por uma mente poderosíssima, para que, agora, possamos nos deliciar deslumbrados com o bailado elegante das galáxias, se contorcendo sob os acordes de uma sinfonia sideral, num espaço imenso e eterno cheio de mistérios.

O palco do universo foi e continua sendo iluminado por um jogo de luzes de prata, prata essa que os quasares e os pulsares, emitem eternamente e intermitentemente com fótons irradiantes e profusos, dando continuidade à evolução que será sempre eterna, assim acreditamos, pois nada está concluído.

Bilhões de bilhões de bilhões de trilhões de vezes mais fótons são emitidos, do que a nossa modesta estrela o Sol emite, assim como é o macro, também assim é o micro.

O universo foi feito e permanece cada vez mais deslumbrante, queiram ou não os físicos, ele é totalmente grávido de luz e vida, ambos os eventos tiveram origem na vontade de uma Luz maior e sempre eterna, e agora, descobrimos que este universo continua se expandindo numa velocidade vertiginosa.

 

Meu Deus! Para onde iremos?

Quem vai saber os desígnios do Criador?

 

Os físicos e os astros-físicos, podem até ter lá as suas teorias sobre a origem do universo, de certa forma, até inteligíveis e aceitáveis, só até certo ponto, entretanto, não podemos abrir mão de que sem a interferência hiper-inteligente que o antecedeu, hoje nada existiria.

O fato é que a matéria em sua constituição, mesmo em seu invisível mundo quântico, não tem condições autônomas de inteligir, sem uma estrutura inteligente atuando sobre ela e fora dela, sabemos que a natureza tem características divinas e, essas condições e ou qualificações, (características) é que nos fazem pensar que ela, a natureza, ama se esconder.

Tudo evolui e continua evoluindo, essa é a marcha metafísica da Parte tendendo ao Todo, mas dentro de um contexto e um meio Divino.

Dizem que a cada século a ciência com as suas descobertas, ela, audaciosamente diminui o território que antes pertencia a Deus, Vanitas vanitatis omnia vanitas – vaidade das vaidades, tudo é vaidade.

A perfeita geometria do cosmo que de vez em quando temos a oportunidade de observar, se dá na ocasião dos eclipses do sol e da lua.

Nesse momento, temos uma mínima, rápida e bela vinheta da beleza do universo geometricamente calculado, com o bailado dos astros e as estrelas que antes não víamos, agora, elas abundam num céu todo incrustado, numa apoteose inédita de novos e cintiliantes astros.

Infelizmente, os homens estão tão atolados em seus problemas materiais que, andam sempre cabisbaixos e não possuem mais tempo e nem condições de olhar para as estrelas.

Ecce Homo que, infelizmente, esqueceu que é feito ou é constituído de todos os materiais que vieram das estrelas, pois esses astros são usinas de vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 03/08/2007
Reeditado em 02/09/2007
Código do texto: T590874