A VIDA QUE PEDIMOS A DEUS!

Somos ordinariamente assim: autossuficientes, conhecemos tudo o que é importante a nós e não temos dúvidas sobre o que nos faz bem. Tudo o que queremos, imediatamente fazemos, pegamos ou comemos. Nada fica para trás! E então vivemos em plena satisfação porque coisa nenhuma nos falta. E certamente temos a vida que pedimos a Deus! O líder religioso japonês, Masaharu Taniguchi, nos esclarece que “não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros”. O quão é bom estamos sempre assim, sem carências e perdas; sem tristezas e dores; somente há fartura, vitórias e deleite. É realmente uma vida de integral abundância; em que todos os que amamos e que nos querem bem, estão conosco e também estão em total harmonia! Para nos instruir também, o líder indiano, Mahatma Gandhi afirma que “a satisfação está no esforço e não apenas na realização final”.

Ah! Como é utópico e fantasioso o que se está arquitetando no parágrafo anterior. Parece verdadeiramente um sonho! O que se relata, nas entrelinhas, naquele discurso é um profundo sentimento de total avidez, em que muitos de nós ansiamos. Contudo existem diversos percalços nos dias sobrevindos que em algum momento podem nos desviar do trajeto se não estivermos muito bem alinhados em nossos desígnios. Além do mais, por vezes, quando as adversidades se apresentam, temos a tendência de nos focarmos mais nos impasses do que na solução deles. Segundo o escritor, americano, Bob Proctor, “somos o único problema que sempre teremos e somos a única solução”. Irremediavelmente, permanecemos nos remoendo, lamentando, reclamando e procrastinando a ação que poderia fazer com que houvesse a mutação extremamente necessária nessa consecução dos resultados. O jornalista e coach, Aldo Novak, destaca que “sonhos determinam o que queremos. Ação determina o que conquistamos”.

Por outro lado, é bastante pertinente compreendermos que o que desenvolve na vida da gente, indubitavelmente é aquilo em que nos concentramos com deliberada energia, com constância, coragem e ousadia. Nesta hora reflitamos, por quantas vezes estamos apenas promovendo situações díspares e negligentes, ao invés de propagarmos fecundidade, ideias de transformação para o triunfo, sobretudo para alcançar o que desejamos de todo o coração. Por conseguinte, também é óbvio que raramente gerenciamos o nosso entendimento e nossas ações para aquilo que é verdadeiramente o alvo certo. O nosso tempo tem sido inegavelmente levado por tudo e por todos. Preferimos ou somos adeptos a tudo o que é inicialmente aprazível, mas nos olvidamos daquilo o que é realmente a nossa essência. Qual é a missão que propusemos a nós mesmos? Continuamos, de quando em vez, em grande quantidade nos dedicando às superficialidades, ao que destrói nossa saúde, que nos derruba e nos leva ao sepulcro antes do previsto e aceleramos o processo. Desse modo vamos rompendo a existência, ao invés de cultivarmos bem-estar, cautela, virtudes e compaixão com os outros e conosco. O escritor norte-americano, Mike Murdock, nos explica que “a criatividade é a procura de opções; o foco é a eliminação delas”.

Toda essa aspiração de sensível prudência, todo esse sentimento de intuir altruísmo, pode não estar se sobressaindo porque decerto não estamos pensando e agindo em sintonia com nosso eu interior. A nossa voz interna e nosso eu exterior devem, ininterruptamente, estarem em absoluta comunhão. É preciso, antes, nos admirarmos, nos amarmos, para logo distribuirmos ao mundo as flores de bem-querer. Coordenar o universo dentro de nós é algo extremamente salutar e poderá promover a nossa conciliação com o que há a nossa volta. Valer-se do tempo de modo que sejamos lapidados em nossos ideais poderá nos levar a alcançar o que almejamos com maior simplicidade. É preciso força de vontade, é preciso boa vontade. Para isso se faz imperativo agirmos diferente para auferirmos resultados diferentes. Não é à toa que afirmou, certa vez, o filósofo prussiano, Emmanuel Kant: “de todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de maneira geral, fora dele, não há nenhuma que possa ser considerada como boa sem restrição, salvo uma boa vontade”.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 28/02/2017
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