Sublime os erros

Escrever é um ato de coragem aqui nesse Bar. O investigador da (de) verdade subjuga a sociedade ao gole. A humanidade existe depois dos sonhos porque estamos em formação. Acabei de acordar (Não durma tanto.) A gramática antiga fornece os elementos básicos para provocar no gerúndio o efeito de advérbio quando estou gripado escrevendo. Acredite se quiser na redação como direito sagrado ao começo da humilhação crítica. Há algumas vírgulas disponíveis, copie-cole. Agora falando sério todo escritor é eremita com vontade de doar síntese. (coloque novas vírgulas e fustigue gramaticalmente). O espírito - é preciso insistir - consiste num bate-papo quando se conserva o coração livre. Mesmo quando a literatura acaba o homem continua aturdido pela crítica. A crítica aturde quando o sujeito termina e não encontra a literatura certa. Segue vivendo os prazeres da própria verve. Esperamos que a licença poética nunca pague aluguel.

Haverá sempre um dia virtual. Um virtual para brinquedo poético. Um virtual para pesquisa. Um virtual para compras. Um virtual só para... Agora falando sério... Acentue quando quiser, pontue quando desejar. Esqueça o não saber prever o gesto crítico dos leitores. Essa nova unidade de “conduta virtual crítica ájax-max” do gole interliterario. (Refreie neologismos). Copie aqui o eloqüente. Se eloqüência não imprimir nada tenha com isso. Haverá protesto dos idealistas conservadores. A ficção virtual é a nova experiência. Conseqüência inevitável: Você pode não ser você. Sujeito indeterminado, pronto para espinafrar, duvidar da autenticidade do texto incredibilíssimo! No serem juntadas as partes caem erros de português como folhas no outono.

Vá “buscar”: buscar gene da letra contra o jugo das dívidas. Ora, se o boi baba é porque não sabe cuspir... Depois do abandono da fita métrica para o poema nasceram multidões de poetas. Poemas que duraram alguns segundos na internet. Do verso tolo pintado com mau gosto. Eu mesmo fiz o poema analfabeto e me lanhei por dentro. A criação consiste em sair através do próximo escárnio para a rua onde há ar e trânsito de verdade. Continue. Observe o cronista nascendo. Abrolha quando abandona o grande escritor erudito. Enriquecendo e danificando miseráveis tolices das noites de lua cheia. Há o baluarte do misticismo.

Por ventura o seu organismo intelectual resistiria ao tonel de Diógenes? Gratuitamente? E o sonho que não cria? A automação literária é questão de dígitos. O meio define a linguagem. Haverá um mestraço afinadíssimo pronto para brindar. Olé! Boi é boi. De largos haustos. Diferente do que aconteceu. A rede não é útil para quem espera ganhar dinheiro com literatura. A modernidade da impressão, os avanços. E cá pra nós carregar uma biblioteca no bolso...