Bléqui Fráidei

Boa tarde meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez vem aqui conferir os sonhos literários deste Bacamarte. Hoje é o Bléqui Fráidei, invenção comercial norte americana que se espalha pelo mundo capitalista. Já falei sobre isso anos atrás, mas podem ficar tranquilos que não vou escrever uma crônica sobre o Bléqui Fráidei todo ano. Só hoje, deu vontade.

Ralouím é também outra festa estadunidense que parece que "pegou" pelo ocidente afora, assim como o Papai Noel vermelho da Coca Cola. Uma cultura economicamente forte se espraia pela "periferia". É o caso dessas e do Blequi Fráidei. Cheguei aqui na lanrause e vi que tem promoção pelo dia hoje. A hora está com 50% de desconto e os badulaques que eles vendem, principalmente memorabilia pop, com 30% e em 10 vezes sem acréscimo.

Bom, tem um quadro, um mapa mundi estilizado, que está nessa promoção. Achava-o caro, há tempos o olho sem tomar atitude, mas, com 30% em 10x, acho que vou levar. Até o final da crônica eu decido.

O Bléqui Fráidei está tão espalhado que nem perco tempo explicando o que é e da onde vem. O lance é a gente conhecer onde compra, pra saber se um lance que tu tava afim de comprar mas estava em dúvida, não foi majorado antes da promoção. E terminou, é isso. E basta: vi pela TV gente se matando por uns televisores numa loja, acho que nos EUA, devido ao desconto.Então, já chega. Coisa de louco, as pessoas querem muito ter as coisas, não ganham o suficiente e daí, num dia como hoje, saem à caça dos seus sonhos de consumo.

Sonho de consumo, que coisa mais doida isso, não é mesmo? Meu sonho de consumo é uma quebra-cabeça chamado Jardim Vitoriano com 5.000 peças, que eu não vou comprar por achar muito caro na relação custo-benefício. Nem vou lá na loja ver se está na promoção. Os meus sonhos sempre foram por outras coisas. Sempre não, minto, mas desde quando comecei a ler mais e me dei conta dos apelos do capitalismo fazendo a gente gastar para movimentar a economia, "criando" desejos na gente.

Meus desejos são o quadro e o quebra-cabeça. Pequenos desejos, coisarecos, bobajecas. Bom já ter o suficiente e se preocupar com bobagens. O quadro é bem mais barato. O quebra-cabeça é um lance lúdico, bom pra montar nas férias, na praia, sei lá. Ninguém vai me dar ele no Natal mesmo, esses sovinas daqui de casa. O Natal, outra festa de muito comércio, é presente, presente, presente.

Vou levar o quadro. 30% de desconto, em 10x sem acréscimo. Fraquejei.

Inté.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 24/11/2017
Reeditado em 25/11/2017
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