A famosa "Balança Comercial".

Quem nunca ouviu falar de "Balança Comercial " ? Acho que todos , não é verdade ?

Calma gente, não vou me aprofundar em um assunto denso logo pela manhã, quero manter os meus neurônios intactos até o fim do dia.

As importações custam caro pra valer, e não tem nada de tão complicado, como muitos imaginam. Tem lá os seus macetes, como tudo na área comercial, mas as normas são "quase "todas internacionais, com poucas variantes, ligadas às leis internas de cada país, e se adotou o inglês como idioma oficial, o que não impede , por exemplo que dois países hispânicos comercializem em espanhol, o que significa que acima de tudo está a "comunicação".

Normalmente as importações são porto à porto, e quem está comprando acaba pagando boa parte dos encargos, além de se encarregar em desembaraçar nos dois pontos. Há muito de se estabelecer limites, e algumas tratativas acabam sendo negociadas ( mas nem sempre dá), como o FOB e o CIF, ligados a quem pagará o transporte e os seguros.

As importações não são difíceis, mas não permitem erros, pois são difíceis de corrigir. Normalmente os fabricantes te mandam o que se chama de "Proforma Invoice", que é um retrato da fatura que será emitida, permitindo assim, que pequenos ajustes sejam feitos antes da fatura oficial.

Os custos são altos ,e também temos que considerar fatores de riscos , fora os desembaraços, as guias de embarque, despachos, fretes , embalagens (normas internacionais), seguros, armazenamento ( por dia), taxas de importação, a mordida do leão, as paridades de moedas, o câmbio , o Banco do Brasil ( afinal ,dinheiro nosso está saindo do país- as divisas), e ...contar com a sorte de pegar um fiscal honesto.

Para compensar tudo isso, e a balança não se espatifar no balcão, as exportações precisam jogar no outro prato, e nós que não somos assim, tão tecnológicos , ainda...colocamos os produtos agrícolas e as carnes como primeiro time, " e que timaço" ! Hoje , outros segmentos, industriais seguem muito bem, como veículos automotivos e maquinários.

Não pensem que o Brasil dá mole também, não, ele sabe se valer dos seus direitos de exportador , e monta muito bem o seu "Comércio Exterior", onde realmente tem gente muito especializada, e consegue manter a balança no seu devido nível .

O Brasil é forte na exportação, faz acordos muito bem feitos, muitas vezes já visando as suas necessidades internas, os segmentos que o completam, e não somente o fator monetário. Essa estratégia inteligente ,é o que mantém e dá força à balança comercial.

PS; Não sou especialista da área, mas confesso que conheço o básico, se errei em algo , por favor me corrijam, agradecerei com humildade.

Obs: A minha experiência nesta área se resume a algumas importações ( 300), e um curso na "Aduaneira "-SP há uns 20 anos.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 05/12/2017
Reeditado em 06/12/2017
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