Sobre suor na educação municipal

A falta de estrutura financeira sem o conjunto de diretrizes, normas e rotinas que orientem os programas relativos à receita e à despesa da instituição educacional na área pública municipal, necessita urgente de capacitação. A estrutura funcional que dispõe dos componentes desta estrutura está hoje representada pela ausência de observações úteis quando se relaciona de forma sistemática com os mesmas ocorrências laborais. Quer dizer que o problema de gestão de uma escola é o mesmo: O professor é reduzido a última condição nos processos de implementação de melhoria em face da escola e sua dinâmica estrutural. Deseja a classe política que o professor se qualifique como se a qualificação inicial fosse inútil, e ele, a causa dos salários mal estruturados em cada gestão.

Este condicionamento do comportamento funcional do professor é tratado como fator pelo qual se dá o não compromisso político para com o pagamento devido de pessoal.

Ele passa á condição de excepcionalidade visto que o material de trabalho do professor não é quantificável pelo suor e peso da sua ação diária. Mas os administradores nos dão certa impressão de que é útil transformar conhecimentos em quilos e horas insanas trabalhadas. O professor que desconhece o repouso sem preocupações, este sim deve ser avaliado como meritório, para tanto usam atualmente o singular jargão "evitar a zona de conforto" - o que é tipificação contraproducente para valorização profissional. Falta então estoque de professores para salários que são barganhados no processo político e jogados na economicidade que desmotiva a potencializadade de sua ação.

Professores que ocupam lugares de colegas faltantes não percebem mais por isso, mas aqueles que são contratados, percebem um soldo - e isto se dá com aprovação da Câmara de Vereadores. O que sabem vereadores sobre escola e processos de educação?

A diagnose do professor público é elaborada com programas de qualificação para ocultar os baixos salários.

Quer dizer: "Vocês precisam se qualificar para ganhar mais!" Assim seguem anos à fio qualificando professores com ensino superior. Esta é a qualificação tenocrática política que rege o funcionalismo público. Rege para o caos financeiro dos profissionais da área da educação na novela de que não há recursos. O IPVA que é imposto para veículos pode ser locado para educação e Saúde e, deste modo, já modificaria o quadro de desemparo destes setores. Sendo educação função primária, quer dizer: aquela que é essencial à vida e ao desenvolvimento do organismo social, não pode ser alijada sem gravíssimos prejuízos.

Sintomas dessa desordem é a ausência de justo salário aos profissionais da educação. Ao arrepio da lei porque o Plano de Carreira é Lei Federal esquecida pelas diversas gestões politiqueiras. O quinquênio e a hora atividade são recursos para evitar a forma de auxílio moradia, viagens, além de outros tantos benefícios que certas áreas do funcionalismo desfrutam regaladamente.

Assim que o poder público municipal vê a educação com desejo de torná-la objeto, portanto possuidor de peso árduo. É a educação à quilo do funcionário (professor) que precisa dar demonstrações de vida desgastada na ação simples e subjetiva do conhecimento. A própria TECNOPSICOLOGIA acaba sendo empregada em tais circunstâncias de escamoteamento do compromisso básico para melhores salários, também se ocupa em ocultar a importância da desaceleração proposta como método, para abrilhantar a modesta hipótese de futuro não promissor. O rendimento ótimo é obtido pelo quadro funcional heróico de uma escola esquecida nos fundões desse início de Brasil. Professor bom é o heróico. O que chega destruído em casa sem muita comida nem remédio. A impressão que temos é de que escola em vila operária necessita de professores pobres. Fruto de ação aparentemente lógica onde seus assessores apenas cuidam da liberdade de expressão através do controle do conteúdo programático. Ainda estamos desenvolvendo remotas técnicas pedagógicas. De nada vale o melhor exemplo como da Finlândia onde há o melhor padrão de vida e a melhor escola do mundo. O problema é sociológico e não pedagógico na maior parte das vezes. O ciclo operacional é sempre o mesmo na sociedade modificada pela tecnologia com quase vinte milhões de desempregados. A escola nacional vive de improvisações aparentemente certas. Observando a pobreza financeira do professor o aluno descrê imediatamente da importância cognitiva codificada como esperança de futuro melhor. É preciso valorizar financeiramente o professor para que ele viva como exemplo real de sociedade evolutiva.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 18/02/2018
Reeditado em 18/02/2018
Código do texto: T6257369
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