CRÔNICA SUJA SOBRE A POLÍTICA BRASILEIRA

Em uma conversa bastante livre com a minha esposa Eliana Malheiros sobre o momento político atual, fui surpreendido com o seguinte arroubo, que achei bastante apropriado para os nossos representantes: “Hoje, escolher entre Temer, Lula e qualquer outro político brasileiro, é como dizer que bosta você prefere: dura, mole ou pastosa”.

Embora eu ainda seja cabeça dura o bastante para ter preferências, não posso deixar de concordar com minha esposa, e aplicar essa máxima em todas as instâncias: federal, estaduais e na minha cidade, Magé. É olhar para um lado e outro, ter que escolher, mas não ter o que escolher, e acabar mesmo optando entre a bosta menos daninha, naquela base do fulano é assim ou assado, “mas pelo menos...”. E tome “pelo menos” intestino adentro, usando uma vaselinazinha e outra, pela ilusão de que dói menos.

E a nojeira não acabou. Ela disse ainda, e mais uma vez achei apropriado, que os ativistas politicopartidários, militantes ou simpatizantes mais acalorados de qualquer legenda “vivem na lama e defendem os jacarés que os afundam até o pescoço”. Perdoem pelo despejo. Sobre tal turma, não dá mesmo para filosofar com palavras limpinhas.