Bye bye, México ou Clausewitz e o futebol de campo
O México foi um time valentão contra o Brasil, isso tinha dado certo contra a Alemanha na fase de grupos. Bateu, bateu, depois tomou dois diretos e foi nocauteado, poderíamos até dizer que no jogo o futebol lembrou o boxe, quem não se lembra da Luta Muhamed Ali versus George Foreman, quando Foreman bateu, bateu e tomou o nocaute de um Ali muito menos forte e soberbamente mais técnico.
Clausewitz é o maior autor de escritos profundos sobre o belicismo, seu livro Da Guerra é o maior clássico do gênero, na guerra o ar é viscoso e o perigo pode chegar de qualquer lugar, no futebol também é assim. Clausewitz dizia que o lugar mais difícil de bater o seu inimigo é no território dele, o território será tomado pelo poder militar maior, mas ao custo de muitas vidas e dinheiro.
O Brasil não tinha alternativa, foi atacado, soube se defender e quando o adversário cansou começou a atacar até derrubar a meta mexicana com um gol de Neymar. Mas o que caracterizo mesmo esse Brasil 2 x 0 México foi ser um jogo de futebol de campo no sentido clássico, com espaços para o jogo, lançamentos, dribles e grandes levadas de bola até à intermediária adversária, com destaque para Willian que foi o jogador que mais se projetou.
Ocorre que mesmo um adversário de menor qualidade pode se fechar e contra atacar,
como fez a Rússia contra a Espanha. Mas os contra ataques serão mais raros e nem tanto eficientes como os de uma grande seleção. Voluntarismo até ganha jogo, mas esse era o esquema tático do México, oras, voluntarismo cabe eventualmente em uma prorrogação para empatar placar ou pressionar o adversário, mas não é esquema tático, o México jogou pelada e o Brasil jogou futebol, por isso saiu vencedor no jogo. Bye bye México, que venha a Bélgica ou o Japão.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 02/07/2018
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