Em homenagem ao "Dia dos Pais" republico uma crônica que meu pai (91) escreveu certo tempo atrás, agradecendo a Deus por tê-lo ainda conosco com saúde e lucidez. 

ATÉ O ÚLTIMO DIA
Alírio Cabral

Não me sinto a vontade para escrever a noite e nem gosto. Tenho prazer mesmo é de fazê-lo de dia... Até mesmo a tarde não me animo. Fico meio inibido emocionalmente. Para mim a tarde é um período do dia como se ele fosse o seu envelhecimento, e, à noite, consequentemente, a sua morte, ou; sono maior...

Assim, o sair do sol pela manhã, anunciando o amanhecer, é a parte mais fulgurante, mais esplendente e brilhante do novo dia que se anuncia... Ao meio dia, com o sol a pino, com claridade plena e calor maior, me sinto quase sempre muito bem, otimista e até com muitos sonhos fantásticos que inundam minha cabeça...

E a vida se torna festa boa, alegre e feliz...

É muito bom viver quando se tem saúde e, qualidade de vida invejada, mesmo que se tenha muitos anos atrás da gente... Estou beirando os oitenta anos de idade e ainda tenho muito prazer de viver o agora... Porém, não posso afirmar que não tema o “amanhã-enigmático” que vem chegando... Todavia, tem uma coisa que me anima muito, me dá força, coragem e até um bom bocado de ousadia: a minha fé em Deus. Esta, eu vou levar até o último dia.

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Este é o meu pai, ele é simplismente maravilhoso!

Que todos os pais tenham um belíssimo dia e uma qualidade de vida cada vez melhor.