Mania de navegar no indizível

"Tenho a mania de ficar me esbarrando no indizível.", parafraseando Hilda Hilst

E como navegar em um veleiro em meio à tempestade.

Atravesso percorrendo espaços desconhecidos, águas profundas baseando atmosferas inatingíveis

E como o vazio de uma existência ainda não tocada pela natureza

Então, eu abro uma folha em branco, imagino o infinito e saio pintando com aquarela e avançando todos os limites de minha pele.

Saio de minhas estranhezas e invado toda vizinhança da minha consciência.

Encontro enfim o grande Mar

Mergulho em mim sem saber nadar.

Ali descanso em silêncio.

Escuto a voz do vento, a chuva desaba no coração. Trovões de pensamentos me ferem...velejo devagar. Então, tudo emerge como a aurora boreal.

Toda cidade aparece, as ilhas estão em paz.

Desço na estação e chego onde sempre sonhei.

Verbo infinito

Movimento delineador primaveras

Rosângela Brunet
Enviado por Rosângela Brunet em 07/09/2019
Reeditado em 07/09/2019
Código do texto: T6739537
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