Nova época de ouro do computador

Estou em casa ouvindo uma canção alegre enquanto estamos criando sustentações incríveis ao mundo azulado das nuvens. Escuto um pássaro verdadeiro cantar. Estou vestido ouvindo uma canção alegre. Temos imperfeições nesse mundo mágico tecnológico visual. A fatigante falta de fluência da navegação ensinou-me a ser imperturbável. Tudo trava e avisa que está processando, baixando, rebaixando... São pedacinhos de pedacinhos de pedacinhos que jamais termina. É infinita e limitada pela regra discriminada.

Talvez o meu bom leitor (a) diga que minha máquina é pobre. Acertou. Computador de pobre funciona mal, pisca, dá probleminha na parte física da máquina. Ganha recibo de conserto de hardware. Pois, meu computador de pobre falha constantemente. Tem acertos e ainda assim falhas. Sei que as más línguas poderão dizer que a culpa é do Cabral, querendo ironizar como os meninos que as minhas pesquisas não devem ser lá muito decentes... Mais para stand-up do que para missa urbana.

Meu computador de adulto calejado, escaldado, vivido que sou nada têm a ver com meus íntimos atributos. Proibido para menores de 18 anos dava sentido a maioridade. Alguém deseja comprar a minha lista de pesquisa acumulada pelos ocultos observadores durante anos? Quanto capital oculto deve existir para a nova fase de ouro da computação? Para mim o menor traço capturado possui valor inestimável porque tudo no pobre acaba em valor pouco estimável. Esse computador serve para o propósito fino de ver como é a alma manipulada como tendência na mais bela fonte.

Passando esta fase Hooveriana/ paranóica comum a todo usuário, repito vulgarmente que “computador é bárbaro na vida dissociada de todos nós”. Navegamos em fragmentos e tudo bem. Acumulamos parentes como tamaguchis alimentados de tópicos. Multidões consomem fragmentos e seguem bicando como o pássaro o grão no campo de centeio.

Permita-me que chame tudo isto bem quisto de amontoado intragável de criptografia controlada e fragmentada. Seal – Stand- by andava com treze mil visualizações e eu devo ter sido um dos que ficou com a canção pifada no melhor momento da variação melódica: “If the sky that we look upon. Should tumble and fall”.

Apelo aos sentimentos dos grandes monopólios: Que nos mandem computadores para ocupar o lugar de mulheres da vida em nossas vidas... (O Padre Cepeda já dizia ao Gullar, repito parodiando.

Desde já desejo que o futuro apresente uma máquina de imagens mais ágil. Tanto em usabilidade como em funcionalidade - para maior fruição, mais acúmulo de prazer, super ativado. Sem interdições, cortes, censores, obstrutores, ladrões ocultos, vírus em maior quantidade do que estrelas em todas as galáxias.

No começo sonhei que o vírus era uma praga em qualquer circunstância da definição. Hoje admiro os alunos prestando atenção ao próprio celular, amigos sentados no bar em silêncio, cada qual com seu copo e o celular. Que mundo é este? Nem tentem me convencer moralmente sobre o conflito estético para com a realidade quântica, assumida pela computação de todos os dados para todos os lados. Quebrados no melhor da cena, durante o dia de folga.

Por trás de tudo isto está o bom e velho sexo. O poder pictórico é dos deuses, deusas e esse mundo reencarnado do sexo explícito seguem o caminho real para todas as imaginações. O espaço mágico garantido pela natureza contra a chatice do domínio das pedras matematizadas da realidade.

De fato: os seres humanos precisam acalmar maquinalmente a falta de poder erótico destruído pelo trabalho vivido pelas massas, estas dissolvidas em movimentos, movimentos tayloristas, mal podendo amar e saber do amor. Eis o poder, simplificado, há na máquina o prazer rápido. A rapidez do prazer fixado pelo egoísmo disfarçado de compartilhamento. É o egoísmo bem-sucedido.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 26/09/2019
Código do texto: T6754810
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