UMA VIAGEM INESQUECÍVEL

Jabuticabeira, lembrando a pensão da minha mãe.

Saímos de Vitoria(ES) afim fazer uma visita ao meu irmão Francisco de Assis (De Assis),que mora em Juaíma, estrada que dá acesso ao Estado da Bahia. Percorremos, eu meu mano Geraldo e Tarcisio 600 km. Passamos por Colatina e logo a seguir pela Escola Agrotécnica de Itapina, onde estudei meus primeiros anos de Técnicas Agrárias. Hoje é um IFES (Instituto Federal de Educação). Fui pioneiro naquela Escola em 1957.
Mas, continuando a viagem podemos vislumbrar os estragos que a SAMARCO, VALE DO RIO DOCE e outras mineradoras do que fizeram com o rio Rio Doce, (fotografamos e filmamos tudo), rio mais importante do ES e MG. Foi uma verdadeira tragédia ambiental. Centenas de mortos e famílias arrasadas pela lama. Assim, viajamos até Valadares presenciando tudo isto.
De Valadares seguimos para Teófilo Otoni. No trajeto paramos num belo restaurante e deliciamos um bom almoço. Seguimos viagem sem atropelos, pois usavamos um carro novo que não dava problemas. Em Teófilo Otoni, cidade das pedras preciosas, encontramos nosso amigo e parente Levi, que nos levou à sua fazenda próximo da cidade e nos tratou, deveras como nunca (obrigado Levi). Dormimos, descansamos e no outro dia partimos para Malacacheta, cidade onde vivi por longos anos. Mas no trajeto, passamos por Poté. (Poté é um Índio símbolo da cidade onde ostenta uma estátua de bronze com arco e flecha, logo no Centro).
Seguimos viagem. Nossa próxima parada foi Malacacheta. De tantos anos que não a visitava, que fiquei deslumbrado com sua modernização. Suas ruas asfaltadas, muitos bairros, boa recepção de amigos que não víamos ha dezenas de anos....Lembrei da Pensão da Minha Mãe de onde ele tirava os recursos para mandar dinheiro para meus o estudos. No fundo do quintal, algumas fruteiras como pêssego, jabuticabeira, mangueira e outras, Mas a jaboticabeira chamava atenção pela sua produção e tamanho dos frutos. Ali eu ficava nos galhos saboreando seu frutos. Enfim, visitamos os principais pontos da cidade, pois não podíamos demorar, tínhamos caminho pela frente. Próxima parada, Santa Cruz. Vivemos ali por algum tempo, eu ausente estudando. Cidade recentemente criada pelas leis estaduais. Ali vivi com minha querida avó Jordelina e meu tio Ari, nesta eu deveria ter 10 anos. Gostava de sua comida simples e gostosa e também do seu rigor com os netos. ( vovó descendente de alemães) Minha família voltou a Santa Cruz para morar por alguns tempos, também não estava lá. Só estive uma vez, no Natal. Circulamos pela cidade, era muito pequena, por isto, a visita foi rápida.Dali, seguimos para um povoado distante 30 quilômetro (Bananal). Ali ,nossa família viveu uns 20 anos.
Até esta data eu estava em casa e ajudava numa pequena empresa do meu pai. Era a fabricação de couro e todos seus derivados, (Sapatos, chinelos , arreios. Chuteiras) e além disso ainda mexíamos com um comércio que em Minas chama-se “Secos e Molhados” e outras atividades de administrar uma fazenda de gado e hort-fruti (natural)
Fiquei ali com os meus pais até os 20 anos recomecei a estudar. Grande família, 10 filhos, mas todos  moram noutros estados especialmente SP. A família ZIMERER ESTÁ  lá.
Mas vamos continuar a jornada. Após visitar Bananal e matar as saudades daquele tempo voltamos direto a Teófilo- Otoni e de lá a Joaima, ponto final. Ali ficamos por uma semana. Um local aprazível: andava pelas redondezas, nos açudes, pescávamos e comia moquecas preparadas pelo mano Geraldo. Ali, os mais belos passarinhos de diversas cores vinham comer o que meu irmão preparou, fotografei tudo.
Finalizando, curtimos a visita que fizemos ao mano Assis, o qual não parava de nos agradar com sua comida bem mineira. Infelizmente sua esposa Maria não estava presente. Estava em BH e nós não visitamos a cidade, apenas, permanecemos na fazenda por uma semana.
Obrigado mano pela acolhida. A viagem nos deixou saudades. Eu, Antonio, meus manos Geraldo e Tarcísio, te agradecemos.
Voltamos direto para Vitória sem problemas, Foi muito tranquilao o noso regresso.