O AMOR QUE APROXIMA OS ESTRANHOS

Percebo nas minhas horas de reflexão duradoura que o estranho, aquele que não estamos muito familiarizados, que não tivemos a oportunidade de comhecer as suas esquisitices, muitas vezes é mais familiar que aquela pessoa da nossa própria família e aquela pessoa que confiamos os nossos maiores segredos. Um ser humano que não conhecemos na intimidade, que parece às vezes ser uma alma excêntrica e inacessível está, em alguns momentos da vida, mais prôxima de nós que aquele que já estamos habituados a muito tempo. É nessas horas que eu penso que os verdadeiros encontros acontecem quando duas almas se tocam em laços profundos de amor, mesmo quando ainda nào viveram qualquer resquício de intimidade. No entanto, tudo aquilo.que acaba se tornando hábito, tudo aquilo que se esgota no frio da rotina de todos os dias, tende a perder aquele fascínio, especialmente quando não se busca mais cutivar o dom do amor mútuo. É a partir dessa realidade sombria que as almas deixam de ensaiar corajosa e de forma perseverante novos voos para o florecimento de uma vida a dois, de uma vida com-partilhada.Mas quando duas almas, que reconhecem que ainda não se conhecem na sua totalidade, buscam se encontrar todos os dias, o amor semeado com tanto sacrifício fornece para a relação o seu orvalho, no quai é essencial para o surgimento de uma verdadeira e rica intimidade.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 18/10/2019
Reeditado em 18/10/2019
Código do texto: T6772818
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.