Iguaporanguismo - II

Era sábado e o sol estava radiante nesta pequena e "poeirenta" cidade, Águas lindas de Goiás.

Era um dia lindo e meu irmão queria jogar futebol. Pegamos as bicicletas e descemos até um campo mágico (na minha cabeça era um parque dos dinossauros), que ficava depois do mercado Beg Bom.

Pedalamos até o final do asfalto e nos aproximamos dos muros dos primatas de pedra, e enfeitando os jardins do lugar havia lobos e esculturas encantadoras. Na minha imaginação, acreditava que aquele local ganhava vida: que as fontes em forma de golfinhos, deixavam de verter água para escorregar nas costas do braquiossauro de pedra; que os primatas e babuínos que enfeitavam o muro da instituição, à noite ou pela madrugada, saltavam dos muros para as mangueiras para comer as frutas dos pomares dos chacareiros.

O local era, de fato, incrível!

Naquela tarde, jogamos uma boa partida de futebol, rimos dos moleques e de suas brincadeiras e fomos para casa.

Lá pelas três horas da manhã, tinha muito medo de que aquele braquiossauro de pedra, que nada mais era que um tobogã, viesse na minha janela brigar conosco pelas boladas que demos no seu rosto.

Eu dormia e logo voltava a sonhar com aquele jardim encantado onde naquela tarde estávamos a jogar uma boa partida de futebol.