UMA IDEIA QUE PODE SALVAR MUITAS VIDAS!

Por acaso você já fez mau juízo de alguém sem conhecê-lo, e a partir de uma outra situação posterior momentânea passou a admirá-lo? De fato isso ocorre com muitos de nós. Quantas vezes já ouvimos alguém falar mal de um chefe, de um líder ou até criticar certas ações e decisões do próximo por motivos fúteis ou hostis? Nós somos, por vezes, superficiais em nossas constatações sobre as pessoas. Pode ser que por não termos um contato estreito, não a ouvirmos, não sabermos das dificuldades da vida dela, mas simplesmente por escutarmos opinião alheia, fazemos juízo de valor negativo. E o que ocorre é que justamente em algum momento será essa pessoa a lhe ajudar em momentos de diversidade. Na verdade em certas ocasiões agimos com ideias muito rasas sobre os outros, talvez por falta de informação ou mesmo por fazer um “pré-conceito” sobre ela sem realmente sabermos quem verdadeiramente ela é ou o que já viveu. Sem falar que igualmente muitos podem ter essa mesma má impressão de nós, essa visão míope que mostra somente um lado desencaixado do todo.

De maneira geral preconceito “é uma opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos, mas unicamente em um sentimento hostil motivado por hábitos de julgamento ou generalizações apressadas. A palavra também pode significar uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial”. A expressão pode ainda se referir à classe, religião, raça, etnia, por exemplo. Muitos de nós por ignorância fazemos prejulgamento apenas para preenchermos um vazio em nossas ideias, pois não toleramos estar no vácuo. Isso quer dizer que ainda que rapidamente, podemos ser levados a conceituar pessoas, lugares, situações para unicamente formarmos uma breve opinião sobre. A despeito disso quando não somos direcionados ou não buscamos o fundamento adequado, construímos ideias equivocadas que podem nos valer um relacionamento, um emprego ou até a vida. Não sem razão, nas palavras do filósofo e iluminista francês, René Descartes, “deve-se evitar toda "precipitação" e todo o "preconceito" ao se analisar um assunto e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto”.

Sem firulas e sem rodeios podemos dizer que há armas de fogo que matam, todavia há gestos e palavras que destroem muitas vidas, famílias e até povos inteiros. Ao opinarmos sobre fatos e pessoas sejamos mais criteriosos e consequentes. O preconceito em toda história já foi razão de vidas dizimadas, é a ruína de muitos relacionamentos e ambientes sociais. É provável que o mau juízo não seja o resultado, mas a causa de muitos males no seio social. É oportuno lembrar que a despeito de outros institutos legais, a Lei 9.459/97 preceitua em seu artigo primeiro que "serão punidos com prisão e multa, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". Nesse intuito, lembramos que o grande líder político africano, Nelson Mandela, nos instrui que “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar”. Antes de ser um mandamento social e legal, evitar o preconceito é além de tudo agir com inteligência e com sensível humanidade.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 09/11/2019
Reeditado em 09/11/2019
Código do texto: T6791014
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