Festa de São João Batista

O Papa Francisco há poucos dias atrás decidiu canonizar Charles de Foucauld (1858 – 1916). Falta só marcar a data. O que fascinava Charles de Foucauld era o mistério da visitação, quando Maria, grávida de Jesus, vai até sua prima Isabel, grávida de João Batista. Sem a necessidade de dizer uma única palavra, a simples presença de Jesus no ventre de Maria faz João estremecer no ventre de Isabel.

E essa é a intenção de Charles de Foucauld: fazer Cristo brilhar simplesmente por sua presença. O Papa Francisco deseja uma Igreja mais próxima do povo, mais evangélica. O novo santo era o único sacerdote vivendo numa imensa região muçulmana na Argélia. Seu apostolado foi, acima de tudo, encontrar-se com as pessoas. Ele procurava “contato”, amizade, presença, bondade.

É justamente isso que se vive de forma intensa na Festa de São João Batista no dia 24 de junho. Na frente de todas as casas do nordeste brasileiro se encontrarão fogueiras alusivas ao nascimento do santo. Diz a tradição que Isabel teria mandado acender uma fogueira no alto de um monte para avisar Maria do nascimento do menino. As danças de quadrilha e as músicas de Luís Gonzaga fazem o resto. No entanto, seu pai Zacarias, mostra-nos um fogo mais profundo e poderoso ao cantar glorificando a Deus pela chegada do filho tão desejado:

“Graças ao misericordioso coração do nosso Deus, o sol que nasce do Alto nos visitará, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte, para guiar nossos passos no caminho da paz”.

Que o Espírito Santo, causador de grande barulho, forte ventania e línguas de fogo (cf. At 2, 1–4) na festa de Pentecostes, continue nos animando para vencer o medo e o isolamento nessa pandemia com amizades fortes e vida comunitária abundante!

São João Batista, rogai por nós!