Crônica de aniversário: 9 anos de Recanto das Letras, 22 de lida literária!

Boa tarde meus 23 fiéis leitores e demais 36 que de quando em vez passam por aqui a fim de comer um bolinho de aniversário com um café literário, passando das medidas, principalmente os diabéticos em tempo de pandemia, esses insensatos. Pois hoje será o dia, estou comemorando 9 anos de Recanto das Letras. Em 2020 também completo 22 anos de atividade literária, tendo publicado antes do RL nos jornais Charky City Diary (Dário de Charky City), Regionavisen (Jornal A Região) e Nyhedsportal (Portal de Notícias). Aqui, iniciei em 1° de agosto de 2011, de Charky City para o mundo em português, com uma porcaria duma crônica chamada "Manifesto ao povo de Charky City", que permanece lá porque eu não sou homem de esconder meus exíguos 1% de piores momentos e só mostrar meus 99% de melhores, pois todos fazem parte da minha história, tipo aquele jogo que empatei em casa em 0x0 com o Brasil de Pelotas no ano em que fui campeão mundial, da Libertadores e do Brasil. Se não acreditam, leiam todos os meus 495 textos e julguem por si próprios.

Lendo-a hoje, vejo que ficou uma droga, mas na segunda e na terceira, respectivamente "Bradd Peter foi ao Terapeuta de Santo Amaro" e "O dia em que Katy Perry violentou Lordi", eu comecei a pegar o jeito e daí pra frente só foi: uma bosta para os que não gostam e caviar literário para tuzes, meus caros 23 e 36. A xurumela é sempre a mesma, tuzes já estão leandros karnais de saber: uma crônica por semana, toda sexta-feira no fim da tarde. Eu sento aqui e meto tecla, vejo na hora o que escrevo, tendo só o assunto na cabeça e, algumas vezes, nem isso, digitando e vendo para onde a literatura me leva, dado risada - Bukowski escrevia para não enlouquecer; eu, para rir -. Outras vezes, em bem menor quantidade, penso bastante no assunto e escrevo a crônica mentalmente antes de chegar aqui lá pelas 16h30min a fim de que ela esteja pontualmente pronta às 17h19min, horário que estabeleci por ser exatamente o de um comentário da Simone Moreira que adorei, embora não lembre mais o que e quando falou - a memória emocional é assim, fica o sentimento, apenas. Raramente, como hoje, penso no texto e o escrevo bem antes. Pra mim o prazer da literatura é escrevê-la na hora, sem freio e sem medida, tipo diabético se empanturrando de bolo não dietético em festa de aniversário. Um perigo! Pode dar m...

"A medida do amor é amar sem medida" - disse Santo Agostinho. Bem assim, embora tenha visto essa frase antes na canção "Números", do Engenheiros do Hawaii. Na verdade a ideia de escrever essa crônica de aniversário literário por esse caminho veio de inspiração divina, confesso, o que tem tudo a ver com um cronista como eu, que é de outro mundo. E de uma poética flor - não a do Pequeno Príncipe. Precisamente veio de um comentário no meu texto anterior, a carta Superação, feito pela colega Divina Flor. Disse ela: "Acerta de cheio admiradores da arte descontraída de escrever sem medida ou com a medida por si desejada (sem proporção exata)". Ela pegou muito bem o espírito da coisa, garota experta: divina! Uma flor de especial o comentário dela! Acho que vou pedir ela em casamento, até. Ah, ih, esqueci, não posso, já sou casado! E a Louise é muito possessiva, que ninguém ouse querer dividir o cartão de crédito dela.

De vez em quando mato as sextas-feiras, como ontem, por motivo de força maior ou por data comemorativa, como hoje. Ano passado andei numa má fase pessoal e teve mês que eu postei apenas dois textos, mas isso é exceção dentro de minha trajetória aqui no RL, via de regra, bem regradinha - não, não vou fazer a piada que tuzes acabaram de pensar -. Em alguns dias, como nas terças 23, faço crônicas bônus ou publico textos que não crônicas, para não misturar as literaturas.

Então tá, era isso. O sol cai em Charky City, tomo café com amendoim torrado com o Meganha ao colo. Nove anos interagindo literariamente aqui no RL. Daqui nove anos adquiro minha maioridade literária e daí começarei a escrever textos eróticos aqui. Por enquanto só crônicas classificação livre. Nove anos podem parecer pouco, literariamente, mas no RL sou o Bacamarte que mais durou, dos três que por aqui já passaram: "Bacamarte", mineiro de BH, chegou comigo em 2011, publicou 3 textos e sumiu; "Simão Bacamarte", alemão de Bonn, postou 16 textos entre fev/15 e maio/16 e foi só - nenhum dos dois meu parente, que eu saiba -. Abração pra tuzes, caros e caras escritores (as) recacantistas, colegas de letras e de paixão literária.

PS - Mudei a foto do RL para uma imagem histórica, de 2018, meu selo comemorativo de 20 anos de literatura. E também atualizei o meu perfil aqui. Vou lá no Facebook postar para os meus mais 4.000 amigos, sendo que 4 curtirão - incluindo aí a Louise e o Tominho Jr.

"O Recanto é vc! Sabe, cada um de nós, que aqui convivemos, com nossas diferenças e afinidades, fazemos do Recanto o que ela é: um Mundo Nosso. Viva Nós! Viva as nossas diferenças, que dão flores poéticas e reflexões!" Juli Lima, sobre o Recanto, num comentário em 30.7.20.

"Acho a crônica um gênero literário arretado: leve, irreverente, irônico, divertido e quase sempre interpretando e comentando o cotidiano. Sempre com uma pitada de humor e uma gotinhas de imaginação. A crônica não é pretensiosa. Ela não usa paletó e gravata, muito menos fraque. Um chato nunca pode ser um cronista. A crônica não é um ensaio, nem uma tese, nem um devaneio pernóstico de um chato de galocha. A crônica tem que ter o tempero do humor. Mais, não tem que cumprir ao pé da letra as normas do português castiço e chato" - Dartagnan Ferraz, 8.6.20, texto "Cronistas".

"Prefiro escrever da vida, paz e amor, pois necessitamos de carinho, principalmente em tempo de caos e confinamento diário. Então tentar falar do grande amor de Deus" - Maceió, texto, 29.7.20, ao fazer um ano de Recanto das Letras.

"Tropeiro fala de tropa Carreiro fala de boi Granjeiro fala de horta Velho fala do que foi" - Sô Lalá, do seu perfil no Recanto das Letras.

"Voltei pra te dizer que a jiripoca vai piar. A Bruna exigiu que eu compartilhasse no Face. Veremos se esta mistura de Antônio Conselheiro e Simão Bacamarte aguenta o tranco. Casa Verde pra ele, urgente" - J Estanislau Filho, 23.10.2015, comentário em meu texto "Bruna Lombardi e eu II: por telefone", louco de ciúme por a Bruna ter me citado numa poesia.

"Que cara lindo e gostoso, só falta ser inteligente e cronista" - Antônio Bacamarte, sempre que se olha no espelho.

"Amor, me empresta o teu cartão amanhã" - Louise Bacamarte, pelo menos 4x por semana, depois do nhém-nhém.

"Pai, me arruma uma grana aí" - Toninho Jr, mais vezes do que deveria e do que eu gostaria.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".).

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 01/08/2020
Reeditado em 01/08/2020
Código do texto: T7023360
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