Plataforma

A pior coisa do mundo é o ensino através de plataformas. Como funciona? Primeiro você abre a plataforma e muitos professores exigem tarefas. Faça isto, leia intermináveis livros, resumidamente enviem até o dia dois. Você lê e resume e envia. Dias mais tarde surge uma pontuação, um e meio. Com os diabos! Por que tirei essa pontuação? Então o infeliz começa a perturbar a plataforma atrás de explicações. O tempo escasso libera mais tarefas e obrigações e em seguida novas notas.

Quando muito desejam saber se você domina as tecnologias da informação. Um catedrático certa vez me chamou de velho porque não dominava. Depois em plena sala de aula presencial não conseguia funcionar o seu PowerPoint direito para minha grande satisfação.

Deu para notar que o aluno de plataforma é um perfeito autodidata. Ele faz tudo e apenas conta com alguém inserindo novas referências. Tudo não passará de regras para satisfação das normas técnicas. Os trabalhos precisam de capinha e folha de rosto nas dimensões certas como se fossem feitas à mão.

O computador que deveria se traduzir em economia de esforço não serve para nada. Existe apenas uma reprodução de como era antes para dentro do tal objeto de trilhões de dados.

Imaginava que plataformas fossem ambientes altamente elaborados onde os textos surgiriam com ilustrações durante a navegação de modo confortável. Haveria atmosfera tridimensional e a experiência seria revestida de pontos elevados da temática.

Nada disso ocorre. É apenas uma troca de mensagens com um valor inserido na atividade medonha de decifrar a técnica.