EDUCAR PARA CUIDAR – EIS O DESAFIO!

Nos últimos tempos temos observado uma forma estranha de as pessoas se relacionarem nos meios sociais diversos. Não dizemos que seja em decorrência apenas de uma pandemia mundial que acabou por enclausurar a humanidade em suas casas, mas definitivamente pela maneira que elas se utilizam para justificar seus cuidados um para com o outro. Primeiramente, em geral, podemos dizer que muitos não prestam mais a atenção entre si. Na verdade outrora alguém que se encontrava com o outro, logo já lhe perguntava sobre a saúde, sobre a vida. Todavia hoje as pessoas quase não se encontram. E quando se aproximam praticamente não se olham e não se detém em se prestar atenção mutuamente. Percebemos que os olhos hoje estão para outros lugares, como nos smartphones, nas coisas e no aleatório. E cada vez mais o cuidar se perde!

Conforme o dicionário, o ato de cuidar, é “compreender o todo, visualizando de uma forma global, as necessidades do ser cuidado. Este ato deve ser atenuado, com a adoção de atitudes de respeito, ética e responsabilidade, mas também de afetividade de ser humano para um ser humano que depende deste cuidador”. Na ideia apresentada acima inferimos que o cuidado é praticamente o sinônimo do que representa a palavra “amar”. Nesse sentido é possível dizer que alguns estão cada vez mais na busca de não estar frente a frente com o outro para não ter que se deparar com suas próprias mazelas. Pois o cuidar também quer dizer ter consciência e maturidade. E se eu não tenho a mim como um alguém maduro, como posso propagar esse tipo de cuidado ao outro? Pois se cuidar pode se confundir com amar, então para cuidar é possível que tenhamos que empreender tempo e dedicação para direcionar àquele para o que acreditamos ser o caminho da sensatez.

Certo é que se faz indispensável estar disposto a construir uma trilha que, por vezes, ainda não caminharam; que pedras pela frente terão que ser removidas; que crenças poderão ser destruídas para que então se estabeleça a mais pura e natural forma de educar para cuidar! Há prospectores que exclamam aos quatro cantos que a dualidade bem e mal está nesta era em ato de fusão. E que não será possível ainda distinguir o que resultará dessa mescla, e se isso realmente irá ocorrer! Por outro lado podemos afirmar que tal conjectura ainda não se concretizou! E é nosso dever, e igualmente dos que estão ainda lúcidos perpetuar os genuínos valores e princípios de sobriedade que nos conduzem a caminhar por vertentes clarificadas e leves. Pois se o cuidado se desfizer em apenas “deixai acontecer” poderemos enfrentar uma ordem social insossa e apática. O pior é que se não nos posicionamos hoje, amanhã poderá ser tarde mais!

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 25/04/2021
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