Submissão Cultural

Por que falar "break" se podemos falar "lanche"? Por que falar "hot dog" se podemos muito bem falar "cachorro quente"? É certo que "hot dog" e "break" são palavras estrangeiras, mas o que as torna tão especiais a tal ponto de substituirem palavras já existentes? São perguntas que sempre rodeiam minha cabeça quando penso na submissão cultural a qual estamos sendo expostos, principalmente, no quisito informação.

Já não basta termos que engulir informações todos os dias sem refletir o que elas significam. Por exemplo, o seriado Chaves é puro humor sem malícia, mas tem uma critica social fortissima. O Chaves é o órfão... leva bronca de tudo e só é lembrado qdo alguém percebe que esqueceu dele, pois isso foi deixado bem claro, sempre levado como o pior da sociedade. Já o Seu Madruga é o desempregado por coveniência... sempre muito criticado, mas melhor pai que o cara que dá escola particular para o filho... ele chega até a castigar a Chiquinha várias vezes, que é a criança sem mãe... mimada pela avó e sempre com uma falha de carater que o madruga tenta consertar! A Dona Clotilde, Nhonho trazem uma coisa muito feia o preconceito ao que parece nao muito convencional... tipo o gordo, o feio... mas no fundo tem mais carater que os outros. São apenas alguns, mas cada personagem tem uma critica a ser feita por meio do humor. O que acontece com as informações e programas "sutis" que assistimos também acontece na linguagem. Talvez a maior doença da sociedade moderna seja a submissão cultural que nos torna robozinhos de repetição!

Será que não chegou o momento de começarmos a ruminar melhor o que recebemos para depois começarmos a assimilar ou a usar no dia-a-dia... Vamos usar a cabeça, pois ela com certeza não está presente para segurar cabelo ou ficar acima do pescoço!