CRÍTICA LITERÁRIA

Cada escritor e mais especificamente o poeta sofre as severas críticas literárias por serem considerados eternos discípulos.
Existe um espaço. Ele tem sido buscado pelos velhos e pelos novos literatos. Os velhos já são e não aceitam dividir este espaço que é também dos novos. Estes querem mostrar o que são e desejando mais a ser.
A crítica literária pode construir ou destruir o escritor, dependendo da maneira como aprecia e/ou deprecia a sua obra. A propósito, conheço a história de um jovem senhor que após escrever seu primeiro livro, sofreu críticas tão severas que o levou a um estado de depressão deplorável. Ele que estava tão compenetrado de seu feito, nem poderia imaginar que alguém do seu próprio meio literário, pudesse denegrir tanto sua obra. Hoje ele não mais escreve.
Seria isso realmente uma crítica literária ou algo sem uma concreta explicação?
O crítico esquece que todos que escrevem usam os mesmos sentimentos, as mesmas palavras, apenas usam formas diferentes, porque o coração sente e vive o amor de diversas maneiras. Cada um tem seu toque mágico e tempera seu texto de acordo com suas paixões.
Ao escrever cada escritor expressa seu estado de espírito. O poeta é um pouco louco e também sonhador. Ele escreve de acordo com o seu mundo, o que lhe fascina.
Tenho observado que os críticos preocupam mais com os escritores novos, pois os velhos já têm um espaço garantido. Acionam suas metralhadoras com idéias que devastam e podem desencantar. Ignoram a beleza individual da alma.
A crítica literária maldosa é resultante de mágoas paradas. É agressiva, persuasiva, mas poderia ser serena, é polêmica por si mesma, navalha afiada que extrapola e vai mais além do que convém.
Há quem diga que para escrever precisa-se apenas de papel e caneta. Eu, porém, vos digo que isso só não basta. É preciso ter experiência, ir em busca de conhecimento e ter inspiração. Por que tenho que seguir paradigmas se eu tenho meu próprio estigma?
No passado longínquo quem tentou criticar Monteiro Lobato, foi considerado manifestante de egos doentios. Será que em nosso dias isso ainda não acontece?
As instituições literárias deveriam valorizar também os novos escritores e até aqueles ainda não editados. Eles precisam ser aceitos e encaminhados para serem aprimorados.
No mundo em que vivemos cheio de drogas, é muito mais urgente do que se imagina, que o incentivo à literatura muito poderia ajudar, dando ocupação para a mente que anda doente.
A nova crítica literária, que nem sei se é, injeta venenos decorrentes de frustrações vive um pseudorealismo. Ela quer ser o que não é. O verdadeiro crítico ensina, mas aquele só faz críticas negativas, quer na verdade aniquilar.
Tenho tido ultimamente muitas surpresas e privilégios. Virtualmente tenho conhecido pessoas fantásticas! Têm lido meus textos e eu também leio textos de muitos. Assim, temos trocado comentários, considerações, palavra de conforto, ajuda e incentivo mesmo virtualmente. No mundo virtual também somos criticados, mas não tão severamente. Somos abraçados através de gostosas, lindas e edificantes mensagens, enviadas e recebidas. Essas pessoas passaram a ter espaço garantido em nosso coração. Somos todos, independentemente de qualquer status, importantes na vida um do outro.
É preciso ter competência para se estabelecer e sobreviver com sucesso. Isso é próprio de quem é bom em tudo que faz. Diante deste mundo tão competitivo é preciso ter compromisso com qualidade demonstrando conhecimentos. Cada indivíduo precisa estar disposto a mudar para melhor ou então estará fadado a ficar à margem.
Queridos poetas e escritores, não temamos. Vamos encarar.
Sou aprendiz e ainda vou chegar lá.