CASTELOS DE AREIA – LIÇÃO PARA UMA VIDA

A interação humana nos traz muitos aprendizados dia a dia. O homem, definitivamente, não foi feito para viver só. Ele se desenvolve em meio aos grupos sociais no contato com o outro. Nesse contato é que podemos nos tornar cada vez melhores. Se vivemos sem a presença do outro, não é possível perceber com exatidão o quanto precisamos evoluir. Por outro lado há quem nos diga que prefere viver só. Há controvérsias! Alguns dizem que é melhor viver sozinho do que mal acompanhado. Nesse entendimento é possível depreender também que é nas pequenas coisas que aprendemos grandes lições. Vale lembrar aqui o filme “Náufrago” em que o protagonista do filme que foi interpretado pelo ator e cineasta americano, Tom Hanks, a certa altura do filme, quando estava perdido em uma ilha deserta, encontra uma bola de futebol e a transforma em uma personagem. Nesse o ator pinta na bola uma espécie de rosto para simbolizar que aquela bola tivesse vida, fosse alguém com quem o solitário náufrago pudesse se relacionar.

Com esse juízo, havia uma pessoa que estava observando duas crianças brincarem em um dia de verão, na areia molhada de uma praia. As duas crianças construíam juntas um castelo de areia com passarelas, pontes, passagens internas, uma verdadeira obra de arte. Elas estavam ali muito concentradas, dedicadas e se esforçando para fazerem um castelo bem bonito. Quando de repente chegou uma forte onda e derrubou tudo que elas haviam construído com tanto carinho. Naquela hora a pessoa que observava atentamente as duas crianças teve uma surpresa que lhe trouxe um grande aprendizado. Pois ao presenciar aquela destruição pela água, o observador pensou que as crianças iriam começar a chorar, talvez até a gritar, por perderem a sua obra tão bem construída. Mas ocorreu algo diferente, as duas crianças ao perceberem a água, deram as mãos, se levantaram e saíram dali, pulando e sorrindo. Foram para outro canto da praia e começaram tudo de novo, a fazerem novos castelos, novas passarelas, pontes e passagens internas.

Desse conto podemos aprender que nas fases da vida, por exemplo, podemos construir projetos, realizar ações e adquirir objetos materiais. Contudo, por vezes, podem chegar até nós grandes ondas que irão destruir tudo o que construímos. Ocorre que o ficará são os frutos das atitudes dos nossos relacionamentos e somente sairão sorrindo dali as pessoas que tiverem outras pessoas ao lado que lhes deem a mão para que assim então se sintam mais fortes, mais apoiadas e prontas para recomeçarem. O pensador romano, Sêneca nos instrui, desse modo, “apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” Lado outro, percebemos também que, por vezes, damos valor a coisas superficiais, por isso, podemos nos frustrar por valorizar as coisas, o materialismo e não as pessoas. Assim, compreende-se que precisamos muito mais valorizar os seres humanos ao nosso redor, dizendo o quanto são importantes a nós. Nesse sentido falando para eles quanto os amamos, pois assim estaremos valorizando quem realmente precisa ser valorizado e amado.