NO UNIVERSO DAS LIVRARIAS E SEBOS

Um dos meus grandes prazeres é vasculhar as estantes da livrarias e dos sebos em busca de novidades literárias ou filosóficas, científicas ou religiosas (teológicas), novidades essas que me ajudam a saciar uma parte do meu desejo infinito pelo conhecimento, me dando a chance de novas inspirações que venham a imantar o valor de meu ser.

Nos sebos, encontro as mais velhas edições que me fazem revisitar o passado e suas grandes produções do espírito enquanto sinto o cheiro dos pós e também vejo por acidente as rabiscos nas páginas amareladas. Já nas livrarias com toda sua modernidade e elegância (que enche os meus sentidos com suas cores, luzes e cheiros repentinos de algo imaculado), eu me deparo com edições renovadas de antigas edições ou até aquelas mais atuais e contemporâneas. Ao sabor de belas ilustrações, ótimas traduções e notas de rodapé as mais significativas para o entendimento do leitor, encontro o conforto que preciso para trilhar um bom caminho de entendimento de tais conteúdos edificantes.

Nesse universo de leituras de folhas avulsas e de fragmentos que me ajudam a meditar com profundidade, eu degusto intensamente horas de satisfação e alegria, numa descoberta de ideias que me tiram da mesmice e resgatam em mim o brilho de excelentes intuições da vida.

Foram nas livrarias e sebos que finalmente aprendi a conhecer as melhores obras dos grandes artistas e pensadores, me dando o gosto pelo cheiro do novo ou do velho em meio a atmosfera do ambiente em que estou por horas a fio inserido. Tamanha intensidade na hora de encontrar conteúdos instigantes e abrasadores, tem certamente tornado a minha vida uma festa, cujo mérito é não se deixar viver sempre submetido a escuridão da ignorância e nas zonas seguras do senso comum.

Enquanto divago em meio prateleiras fartas de belos volumes de obras-primas, sejam eles intocados ou usados, abro o leque de um universo de conteúdos por mim muitas vezes desconhecido, ao mesmo tempo em que tenho o privilégio de perceber que existem outras culturas tão fascinantes quanto a que estou por demais acostumado e adaptado.

O desbravar das culturas é uma forma lúcida de não por limites ao meu próprio saber, e também é uma maneira de entender que o que eu sei é apenas uma fração num universo tão vasto quanto as das melhores livrarias abarrotadas de obras de todas as eras, manifestações culturais e linguagens. Afinal, não são as grandes obras-primas, como por exemplo: Dom Quixote de Cervantes, A divina comédia de Dante, Os miseráveis de Vitor Hugo e a própria BÍblia com seus vários autores e homens inspirados pelo divino (entre outras) que nos descortina uma seara farta de sabedoria, imagens literárias, simbolismos e narrativas, nos abrindo um horizonte amplo de boas interpretações e discernimentos sobre a vida?

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 03/02/2023
Reeditado em 03/02/2023
Código do texto: T7710538
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