3cdewtnt8y80w.jpg

Imagem Google

 

 

 

                      Estando no litoral de Santa Catarina, não tenho direito à cobertura pelo IPE ( do Rio Grande do Sul, onde exerci o Magistério e me aposentei). Instituto de Previdência do Estado. Quando preciso , recorro ao SUS, no Posto de Saúde, para atendimento médico, como consulta, requisição de exames, receitas.

                    Ontem e hoje, passei a manhã, para conseguir uma consulta no Posto de Saúde do bairro onde estou. Grande número de pessoas, uma só médica, uma só enfermeira, que coordena o Posto, ambas fazendo um intenso trabalho para poder atender a população do bairro.

                  Nestas oito horas que lá passei, vi tantas pessoas doentes, ouvi tantas histórias de vida, que fiquei me indagando: do que me queixo, se os problemas ( alguns graves) , tive a cobertura de meu plano de saúde. sempre descontado em folha, quarto privativo com familiar acompanhando.

                   Hoje, dependo do SUS, pois estou fora do Estado.

Enquanto aguardava, dezenas de pessoas , chegando, caminhando , abaixo de forte chuva que está ocorrendo aqui. Uns contaram que chegaram as 4 h e 30 min da madrugada, para conseguir atendimento ( são doze fichas por dia)  Passam antes na triagem, pela enfermeira, onde muitos casos são resolvidos , sem necessitar da médica.

Enquanto aguardava, caminhei pelo corredor externo e orei, para que o SUS, continue atendendo sempre a população, visto que, hospitais são raros em municípios pequenos e nos grandes, sempre com lotação esgotada

( nem lembrando o triste período da pandemia ).

              Mesmo exausta, com fome ( saí de casa as 6 h e 30 min) saí feliz, fui muito bem atendida. Médica eficiente , dedicada e simpática. Fui persistente, lá retornei e aguardei na fila.  A pequena equipe se esforçando para desempenhar sua função. Mas, estes Postos de atendimento, necessitariam de mais médicos para atender a demanda, evitando que as pessoas tenham que retornar, a maioria sem meio de transporte, abaixo de intempéries.

            Horas de reflexão . Aflita, vendo pessoas sem condições de aguardar, idosos, aguardando com paciência e resignação, atendimento médico. Situação difícil de conciliar. Massa humana, carência de médicos , mesmo assim,

o SUS supre as necessidades básicas de saúde e nas emergências, encaminha para hospitais de outros centros especializados.

             O  IPE ( Instituto de deveria ressarcir os gastos com saúde, de seus aposentados, principalmente os professores, aí procurariam Clínicas especializadas, em casos de urgência, evitando ter que apelar para o SUS, enfrentar filas e  tirar o lugar de pessoas que não possuem plano de saúde, mal ganham para se alimentar. E são centenas de profissionais da Educação do RS, que estão residindo fora do Estado e descontaram o IPE, até a aposentadoria e continuam descontando, agora são dois descontos. Creio que esta situação é semelhante em outros Estados da Federação. O professor quando mais precisa, não pode contar com o que tem direito à saúde. Tem que recorrer ao sofrido SUS. Que estas palavras cheguem até os detentores do Poder no RS e outros Estados, através de leitores, quem sabe chegue a um Deputado, para elaborar um anteprojeto de lei neste sentido. Por uma vida de trabalho em pról da Educação, teriam direito a um atendimento hospitalar fora do Estado condizente , com quarto e acompanhante, considerando sua contribuição ao Sistema Previdenciário pelo qual contribuiu e contribui.

Coisas do cotidiano, que tive que registrar, pois sofri " na pele"  , imagine se fosse emergência, nos PAs onde se assiste cenas impressinantes, pessoas passando muito mal e aguardando horas para ser atendidas.  

 

                                  (lumah)

 

Recebo com carinho , as interações.

lumah
Enviado por lumah em 15/03/2023
Reeditado em 16/03/2023
Código do texto: T7741066
Classificação de conteúdo: seguro