“AS APARENCIAS ENGANAM”.

                  (Crônica).

 

 

 

Nesta segunda-feira, eu passava numa rua, passava um homem puxando uma carroça.

O homem recolhia papelão, plástico, metal; eu observei uma coisa que fez aquele homem subir no meu conceito; ele tinha um cachorrinho de estimação... Dentro daquela carroça o cachorrinho descansava confortável sobre tecidos macios, o homem puxava a carroça com o seu cachorrinho dentro, eu observava o carinho daquele homem ao colocar os papelões, ele tinha muito cuidado para não incomodar o seu amigo cão.

Num dado momento surge um bonito carro, dentro um homem com pinta de bacana, que quis estacionar o seu carro e sentiu-se incomodado com a carrocinha do catador, o bacana começou a destratar o catador... Onde o chamava de vagabundo... Ora! Como vagabundo se ele estava trabalhando?! Moral da história... Eu tive que me segurar para não comprar a briga do homem catador, que me surpreendeu mostrando-se superior ao “bacana”, do lindo carro de luxo, não respondeu e seguiu o seu caminho ainda sendo esculhambado pelas costas, por alguém que não se mostrou tão “bacana”, como o seu visual externo mostrava ser.

Nem todo mal vestido é sujo, assim como nem todo bem vestido é limpo. Eu penso assim.