PRÓTESE 02

 

Segunda-feira, depois de um longo período longe da clínica dentária, voltei lá para reiniciar o tratamento. As últimas sessões me deixaram traumatizado, de maneira, que no meu trajeto até a clínica, parecia que eu não estava caminhando. Cada passo, era como se meus pés quisessem afundar o asfalto. Na clínica, enquanto aguardava minha vez, mexia no celular e é como se meus dedos quisessem furar a tela do celular, de tão tenso que estava. Isso porque nas sessões anteriores, acho que a dentista mexia na gengiva, antes da anestesia, ter surtido efeito, ou era a tensão... E depois, sempre enchia minha boca de gaze, mandava eu morder com força e só abrir a boca uma hora depois, além de me deixar deitado por quinze minutos. Aquele incômodo era grande, a boca anestesiada, um tufo de gaze saindo pelo canto da boca... terrível! Desta vez, ela disse, cirurgia efetuada com sucesso! Pode levantar. Agradeci a DEUS e rumei para casa satisfeito, sem nenhum incômodo. Mandei mensagem para a esposa, dizendo, estou bem, foi um sucesso. Ah, a dentista me deu dois dias de atestado, se prepare que hoje, é três. E se isso não lhe satisfaz, amanhã é quatro. Afinal só vou trabalhar na quarta-feira. Ela disse pois venha logo. Eu fui! Cheguei em casa, a esposa estava com um sorriso de orelha a orelha. Mas mal cheguei o efeito da anestesia foi passando, a dor aumentando, afinal a dentista tinha furado muito o céu da minha boca, furado e cortado a minha gengiva e embora não seja de fazer uso de remédios, eu lhe disse, vou tomar umas gotas de dipirona, deitar um pouquinho e esperar a dor passar. A recomendação é tomar de 35 a 40 gotas, eu contei até 35, me distraí e deve ter caído umas 50, pois apaguei. Só acordei às 11h. do outro dia. E não aproveitei nem o dia três, nem o dia quatro

S. Paulo, 07/07/2023