Individualidade monolítica

O homem busca o poder público para imperar sobre todas as instâncias. Ele convoca o caos e não estará jamais de posse de todos os seus defeitos. Ele pinta a qualidade inferior da alma com o ouro da própria essência amarrotada no fatalismo. Comete antes de mais nada o delito de opinião, o todo reluzente, torna-se escuridão. O triunfante rasteja sobre as cidades sinistradas, às ruínas pertencem ao quanto de impiedade. A miséria é dos outros e ele apenas vangloria a própria sorte. Os que se aglomeram em torno dele são abandonados definitivamente como cadáveres no campo de batalha. Foi assim.

A pregação do inaceitável convergia apenas para ostentar um ser único absolutamente dominante. Retrocesso absurdo! Era preciso lembrar a antiga submissão monárquica, do princípio, da base da riqueza e privilégio.

A emoção desajeitada do personagem extravagante precisou do tempo para desmoronar. O miserabilismo das massas precisará sempre de alguma ideologia da força carregada pela promessa. Mais uma vez sentimos parte da nação deslumbrada com o mito. O realismo sórdido mastigado pela negação do racionalismo do século XVIII, do positivismo do século XIX, das novas conceituações modernas. O terraplanismo, a negação da ciência, as mortes pela descrença na vacinação filiaram-se à grandiosidade lançada na miragem.

Restam as vertigens do falso empoderamento. Ah! Os herdeiros de Francisco de Assis Chateaubriand de Melo, ah! A imprensa! Que jamais deixará de sero ingrediente necessário para equilíbrio do poder! Agiu de modo retumbante! Magistral! A história jamais esquecerá! Pois o que não foi feito em 1964, fora exercido em 2019 até 2022.

A inteligência cruzava os dados falsos com os verdadeiros em proporcional influência. A religião havia sido utilizada para perturbar as instituições em nome da monocracia. Por trás um príncipe de fadas ansioso pela volta da própria monarquia. Talvez quisesse ser o Oliver Cromwell tupiniquim, cujo efeito final seria o retorno aos títulos e brasões.

Pretendem estes medonhos líderes trazer para si todas as ideias nefastas de desunião nacional: Fascismo, nazismo, separatismo, andam na escuridão entre esadelos e nebulosas. A fraternidade e a evolução devem lutar contra a individualidade monolítica.