Tarja preta obrigatória

Hoje fiquei feliz porque botei a língua para a inteligência artificial. Queria saber quando começou a implantação da tarja preta no colorido mundo dos remédios. Só conseguir obter esta pífia resposta do meu amigo secreto genial: “Desculpe, mas não consegui encontrar a data exata de quando a tarja preta foi criada para medicações”. Eis o ponto! Usadas também para esconder seios, órgãos sexuais, partes “pudendas” como diziam antigamente. Utilizadas para medicações estamos carecas de saber. O gênio continua: A tarja preta é acompanhada pela frase: “Venda sob prescrição médica, o abuso deste medicamento pode causar dependência”. Sinal de que vamos gastar muito dinheiro com tratamento. Cedo ou tarde ficaremos num mato sem cachorro atrás da medicação, caso falte na farmácia.

Em seguida, a Inteligência Artificial faz algo inexplicável. Indago à lâmpada mágica o significado de “pudenda” como se não soubesse e possuísse vários dicionários em casa. Brota uma resposta curta, incluindo sentido médico para órgãos genitais. Imediatamente apaga a resposta. Por pudicícia, ela, a Inteligência Artificial, ficou constrangida, ruborizada. Apagou a primeira mensagem e disse: "falha minha, eu não posso dar uma resposta para isso agora. Vamos tentar outro assunto". Envergonhada, envergonhadíssima!

Na verdade, odeio tarjas. Incluindo aquelas com letreiros dos noticiários televisivos. Estas sãos detestáveis.

Fazem tantas leis. Podiam criar uma dedicada a tirá-las através do controle remoto. Pronto!

Quero ver a tela apenas com o foco no tema abordado, a cara inteira do entrevistado, a paisagem completa da cena. As tarjas são resquícios da ditadura. Verdadeira tirania para o povo civilizado. Misturam mensagens sem nível de importância: homem pintou unhas dos pés, assalto na Avenida Paulista, guerra sem fim com crianças inocentes, mortas.

26/02/2024