MURALHAS OU PONTES?

O muro de Berlim foi construído em 250 anos porque alguém teve a coragem de colocar o primeiro tijolo, a primeira pedra, e mais, teve a paciência de esperar todo esse tempo. Havia uma intenção de estabelecer limitações.
Estamos em pleno século XXI e a maioria das pessoas desde cedo, por uma razão ou outra, começam a construir muralhas adequando-as a cada caso em particular. O homem vive construindo suas fortalezas a fim de satisfazer suas necessidades sentimentais, emocionais, por se sentirem vulneráveis, ou seja, medo do próprio homem. As muralhas ajudam a muitos a encarar os problemas como o seu maior aliado, porque não se saber lidar com a irritação, com o estresse e a baixa auto-estima, sobretudo com a violência.
Os muros separam, isolam, faz as pessoas fecharem em si mesmas. Os muros, independentemente das razões e objetivos para que foram construídos não deviam existir, mas infelizmente no mundo em que vivemos em que a violência, as invasões e a morte de inocentes são tristes realidades, há muros e muros… e alguns têm a sua justificação para existirem.
O medo tem afastado o homem do seu convívio normal por medo de ser julgado ou rejeitado, de sofrer ou fracassar, de não cumprir as suass expectativas e as expectativas dos outros... Tudo isso pode nos levar a levantar muros, escondendo a nossa realidade, ocultando-a ou interpretando-a da nossa maneira; ou ainda fazer com que vivamos reprimidos, inibidos e ainda escondidos de certos aspectos de nossa forma de ser.
As muralhas e suas construções deixam claro que temos muitas áreas em nossa vida que faltam ser trabalhadas, não estamos dependendo de Deus, confiamos mais numa proteção física do que na proteção divina. São áreas problemáticas que dificultam o nosso relacionamento e nosso crescimento. Elas podem existir no corpo e na alma, na mente e nas emoções.
Felizmente o muro de Berlim já caiu, porque historicamente o seu objetivo perdeu o sentido de existir.
É preciso refletir e verificar se não é melhor construir pontes do que muralhas. Estas destroem, delimitam nossa vida; enquanto aquelas promovem relacionamentos saudáveis.
Somos o resultado da somatória de muitas coisas do nosso passado acrescido do que construímos no dia-a-dia. Muitas lembranças ruins, cicatrizes, são como uma sacola cheia, que temos a conduzir. Ao destruir as muralhas, estamos nos livrando desta sacola; permitindo que o melhor para nós atinja com nobreza os espaços de nossa vida! Foi para isso que Jesus se manifestou, para destruir todas as obras más. Quando destruimos todas as nossas muralhas, nossa vida será de consolo e alegria.
Paira no ar uma pergunta que não quer calar:
Caro leitor, você tem construído pontes ou muralhas?
Se você tem construído pontes, está de parabéns, e com certeza muitos têm passado por elas, usufruindo de muitos relacionamentos. Se, porém, você tem construído muralhas, ainda há tempo de mudar de atitude. Destruas-as e experimente algo novo e diferente.